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É CERTO PAGAR IMPOSTOS?

A pergunta é real. Há séculos que aquela região passa de um império para outro - assírios, babilônicos, persas e gregos. Agora, com os romanos, experimentam relativa paz. Podem viver com suas famílias, propriedades e trabalho, têm o direito de ir e vir, usam sua língua e tradições. É na área da consciência que surge o grande impasse para todo o judeu.

O culto ao Único Deus é, como sempre foi, inegociável. Os romanos, supersticiosos, adoram seus deuses e governantes. Na época, Tibério Cláudio.

A dúvida, portanto, é real: é certo Israel pagar impostos ao imperador?

Quem traz a questão são alguns jovens, a mando de líderes fariseus. Eles chegam acompanhados de partidários de Herodes, outro grupo de pessoas influentes, mas vistos como entreguistas. Jesus percebe a armadilha: se disser “não”, será denunciado diante da lei romana. Se optar pelo “sim”, será acusado de ir contra o mandamento da Lei de não se fazer qualquer imagem que represente adoração. Na moeda está: “Tibério César Augusto, Filho do Divino Augusto. Pontífice Máximo”.

O plano é silenciar Jesus, retirando sua autoridade, fazendo com que sua mensagem caia por terra.

Jesus pede que lhe mostrem uma moeda, e pergunta de quem são a imagem e a frase gravada. “De César”, reagem prontamente. -“Então deem a

César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, conclui, e eles ficam sem palavras.

 

Esta resposta ultrapassa a situação ética e política e alcança o ponto mais alto, do compromisso que toda pessoa tem para com Deus. Se a imagem na moeda autoriza a propriedade de César, todo ser humano é criado à imagem de Deus, pertencendo, portanto, ao Criador (Gênesis 1.26-27).

Vivemos no mundo, mas não somos do mundo (Jesus, em João 17.11 e 16). Somos sempre confrontados com dilemas éticos, desafiados no nosso testemunho e até mesmo na fé. Que saibamos o que dizer e fazer, como os melhores cidadãos da terra (Hebreus 11.38), enquanto avançamos para a Pátria Celestial (Hebreus 11.13-16). O Mestre agiu assim desde criança:

“E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lucas 2.52 NAA). Por isso, pôde ouvir o reconhecimento direto de Deus: “Este é o meu Filho amado, que me dá grande prazer” (Mateus 3.17; Lucas 9.35). E assim foi até à cruz: “Está consumado” (João 19.30).

Quando vierem os dilemas, Deus tem sempre o primeiro lugar.

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