Introdução
Qual é o fim principal do homem?
Essa foi a primeira pergunta feita pelo famoso catecismo elaborado pela assembleia de Westminster em 1643.
Mais de 200 ministros e 30 leigos presbiterianos, congregacionais e episcopais ingleses e escoceses, convocados para dar a resposta oficial ao Parlamento da Inglaterra, responderam o seguinte: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”.
Há mais de três séculos e meio, muitas centenas de milhões de crianças, jovens e adultos de todo o mundo sabe de cor que “o fim principal do homem é glorificar a Deus”. De acordo com a pergunta número dois do Catecismo menor, a resposta que dão é que a Palavra de Deus, que se acha nas Escrituras do Velho e do Novo Testamento, é a única regra para nos dirigir na maneira de O glorificar e gozar”.
Segundo Elben Cezar, em seu livro “Desça do Elevador”, esta verdade básica precisa ser plenamente recuperada, pois na prática não é a glória de Deus que o ser humano está buscando. Ele busca a sua própria glória e a glória se seus próprios ídolos. A glória de Deus não pode ser nivelada com qualquer outro propósito do coração humano. O homem precisa aprender a viver em função de Deus. “A minha alma engrandece ao Senhor”... (Lc 1.46). “Engrandecei o Senhor comigo e todos, à uma, lhe exaltemos o nome” (Sl 34.3).
Quando é que o povo de Deus andou de marcha-ré no passado? Quando sentimentos de miséria, orgulho, inveja, rejeição, contemplação a outros deuses, foram invadindo seus corações após deixarem de adorar e glorificar a Deus?
Se, queremos andar sempre em frente na nossa vida espiritual, não podemos permitir que alguns elementos atrapalhem nossa caminhada.
Vamos observar aquele sentimento que pode gerar muitos outros: o orgulho – a soberba.
A Soberba
“A soberba precede a ruína e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16.18). Precisamos olhar para o exemplo do apóstolo Paulo e crucificar o nosso EU. “Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim”... (Gl 2.20).
Este é o diagnóstico que Deus faz de Israel: “atentei para este povo, e eis que é povo de dura cerviz” (Dt 9.13).
O homem muitas vezes não se curva, não se abaixa, não se desmonta, não desce. Na época do profeta Isaias a metáfora da cerviz dura é reforçada: “a tua cerviz é um tendão de ferro, e tens a testa de bronze” (Is 48.4).
Com a conversão de Cristo e o processo continuado da santificação progressiva, o homem pode chegar à vitória básica, para que Deus tenha liberdade de ação na sua vida, que é a morte do eu. A soberba precisa morrer, o egoísmo precisa morrer. “Fui crucificado junto com Cristo” (Gl 2.20) em a Bíblia de Jerusalém.
A soberba precisa ser dominada dia após dia. É o pedido de Davi em um de seus Salmos: “também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então serei irrepreensível, e ficarei livre de grande transgressão” (Sl 19.13).
Elben Cezar também ressalta que é a soberba que abre caminho para outras transgressões. Ela gera confiança própria demasiada, diminui a vigilância, enfraquece o temor do Senhor e torna a pessoa vaidosa com os sucessos passados. Quem está de pé precisa tomar cuidado (1Co 10.12).
Se alguém quer evitar a queda, tome cuidado com a soberba. A soberba tem o poder de atrair a queda. Ela acontece primeiro. Depois de instalada no coração, a soberba abre caminho para a ruína. “Não é possível barrar a ruína, mas é possível estancar e fazer morrer a altivez do espírito”.
A soberba dá a impressão de que somos suficientemente fortes para vencer tentações e cumprir nossas responsabilidades. Então, não vigiamos mais, não oramos como antes, não nos consideramos frágeis, não gritamos por socorro, não buscamos a direção de Deus nem os seus recursos e poder. Quase em seguida cortamos o cordão umbilical, separando-nos da Videira, declaramos nossa alto-suficiência, dizemos que somos donos de nossos narizes e nos entregamos à aventura de viver “sem Deus no mundo” (Ef. 2.12). Ora, quando isto acontece, a ruína é inevitável, mesmo que atrase um pouco.
A soberba em excesso e constante pode descambar numa psicose. Ex: Faraó – “O meu rio é meu e eu o fiz para mim mesmo” (Ez 29.3); Simão, o mago (At 8.9-24).
“Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça” (Tg 4.6, 1Pe 5.8).
Conclusão
Com humildade, mãos postas, joelhos no chão, coração quebrantado, dependência total de Deus, poderemos vencer os gigantes da vida com a autoridade do Senhor Jesus.
A caminhada é dura, muitos obstáculos pela frente? Sim, mas tenho certeza de que você não quer andar de marcha-ré, certo?
Oração em Ação
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