“Bem-aventurado á aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal” (Salmo 41.l)
Somos hoje desafiados a pensar naqueles que vivem entre nós, participam das mesmas experiências da vida, mas são necessitados economicamente, vivendo num contexto social que demanda cuidado tanto da sociedade quanto dos governos estabelecidos. E isso porque Deus se preocupa com os menos favorecidos. O tema é tão importante aos olhos do Pai Celeste que a Bíblia chama de feliz aquele que atende ao pobre.
Quando Jesus esteve entre nós, não lhe passou despercebido o fato de que os pobres sempre estarão entre nós, em qualquer parte do mundo. Há aqueles que desejam uma solução desumana e insensata para acabar com a pobreza. Mas um exame nos evangelhos nos mostra o nosso Mestre amado colocando-se ao lado dos necessitados.
Várias vezes chamou a atenção dos discípulos em relação à ajuda aos pobres. Marcos e Lucas relatam uma das cenas que mostra o quanto Jesus prestava atenção aos pobres. Diante da arca do tesouro, vê os ricos depositando suas ofertas no gazofilácio. Eram quantias bem significativas. Mas ele viu também uma pobre viúva que colocou na arca do tesouro duas pequeninas moedas de cobre de muito pouco valor. Então chamou a si os discípulos Jesus declarou: “Afirmo que esta viúva pobre colocou na caixa de ofertas mais do que todos os outros. Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Marcos l2. 44).
Para o Mestre todos são iguais perante Deus e necessitam de nosso apreço, admiração e cuidado. O pensamento de Jesus a respeito dos pobres se reflete no ensino de seus santos apóstolos: Paulo, não obstante sua sapiência teológica apoiou e participou da ajuda aos pobres da Judéia como nos declara em sua segunda carta aos Coríntios, capítulo oito. Tiago, na sua bela carta, declara: “Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?” (Tiago 2.5).
Quando o apóstolo João é convocado a escrever e enviar a mensagem de Jesus às igrejas da Ásia, na carta a Esmirna ele faz linda menção aos pobres, dizendo: “Eu sei as tuas obras, e tribulação e pobreza, mas tu és rico” Então, diante de Deus o pobre é rico quando deixa que seu amor seja derramado em seus corações. Uma das declarações mais relevantes a respeito de nosso Salvador é de autoria do apóstolo Paulo que diz: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis” (2ª. Cor. 8:9).
O próprio Mestre nos dá o belo exemplo de apreciação aos pobres deste mundo, especialmente aos pobres de espírito, aos quais Ele mesmo chama de bem-aventurados, que significa “como são felizes”, nas bem-aventuranças do capítulo 5 de Mateus.
Voltemos ao nosso texto inicial e deixemos em nosso íntimo o ensinamento davídico, conforme a Nova Versão Internacional: “Como é feliz aquele que se interessa pelo pobre! O Senhor o livra em tempos de adversidade”. Que o Senhor nos permita que amemos mais e mais aqueles que Ele próprio ama e por eles deu o seu Filho Amado, pois a felicidade é para todos!