Débora precisava se deslocar no cais do porto que recebera seu barco e atravessara a baía. Parecia bem simples sair do barco e alcançar o cais à sua frente. No entanto, ela não contava com uma surpresa desagradável: a certa altura da caminhada não havia mais calçamento firme. Encontrou apenas pranchas de madeira, separadas em intervalos de 3 cm. Se quisesse alcançar seu objetivo, teria que superar aquela barreira. Mas, como?
Olhou para baixo e viu o mar revolto; o oceano não parecia calmo naquele momento. As pranchas não eram largas o suficiente para tranquilizá-la e certamente não estava nos seus planos molhar seus pés e roupa.
Tomou uma decisão que se mostrou bem funcional: desviou seu olhar do mar agitado para o cais à sua frente. Com tal atitude, conseguiu chegar confortavelmente ao cais, porque seu objetivo estava firme, seguro e bem definido. Não queria ficar no meio da viagem, desejava chegar bem e completar o trajeto.
Em nossa vida, assim como aconteceu com Débora, enfrentamos momentos de dificuldade, quando tudo parece estar fora do lugar. São sonhos em andamento que se interromperam, relacionamentos que não se mostraram tão sólidos como imaginávamos, planos que foram interrompidos como o que acontece quando, por exemplo, se perde a saúde ou o emprego.
Eis uma boa sugestão: deixar de focar no problema e buscar forças e direcionamento desviando o olhar para Deus. Foi o que aconteceu com salmista Davi, que, ao enfrentar dificuldades de toda sorte, decidiu-se por confiar no Senhor e assim se expressou: “Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti. Em Deus louvarei a sua palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne.” (Salmo 56,3).
Gostaria que você repetisse comigo neste momento, o que Davi registrou: “Em qualquer tempo que eu temer, confiarei em ti.”