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À PROCURA DO DESCANSO

Uma senhora de bastante idade estava sentada em sua cadeira de balanço, colocada na varanda da casa. Cena muito familiar em filmes que retratam a vida de camponeses norte-americanos e também em algumas cidades maiores. O objetivo aparente da sua permanência ali era apreciar o pôr-do-sol. No entanto, quando seu filho adulto, que com ela vivia, parou perto e perguntou: “mãe, por que você está aí tão quieta?”, ouviu uma resposta surpreendente:

- Deus está me guiando para junto das águas de descanso.

Linda reposta. Eu, ao ler este relato, me lembrei de uma cena semelhante, mas que vivi há quatro décadas. Mãe de primeira viagem, ficava tensa quando a filha chorava e eu precisava me levantar muitas vezes durante a noite. Noite após noite o ritual era o mesmo e o cansaço não me dava folga não. Então, em uma dessas longas madrugadas, clamei ao Senhor, enquanto trocava a fralda e tentava aquietar a filhota. Pai, disse eu, estou tão cansada!

A frase foi ouvida pelo Senhor. Ato contínuo, veio à minha mente a expressão do salmista quando, em apuros bem maiores do que o meu, confessou: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas” (Salmo 23:2). E foi o que Ele fez. Aquietou o meu coração e o inquietante choro cessou. Ambas conseguimos conciliar o sono por abençoadas horas.

A senhora da experiência conhecia isto. Sabia que, em meio às lutas diárias, há um apelo para que nos deixemos ser guiados para o descanso.

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