A CASA DIVIDIDA (Mateus 12)

Levaram a Jesus um homem cego e surdo, dominado por um demônio. Jesus o curou. As pessoas se admiraram, e das diversas reações aprendemos que mudaram os tempos, mas são as mesmas tendências até hoje. Conhecendo os corações, Jesus deixa bem clara a consequência de cada escolha:

Reserva. “Será que este homem é o Filho de Davi?” (o que significaria: o Messias?). São estes os que querem crer, mas têm medo de errar, medo da opinião alheia, e preferem deixar para depois sua escolha pessoal.

Ceticismo. Outros exigiam “um sinal do céu” para Jesus provar sua autoridade (Lucas 11.16). São os que dependem de sinais e milagres para crer. Mas mesmo quando isto acontece, inventam mais alguma desculpa, porque nunca estão satisfeitos.

Desprezo. Atitude extrema mostrada pelos líderes religiosos que, não podendo ignorar a cura do homem à sua frente, tentam desacreditar o poder de Jesus: “Ele só expulsa demônios porque seu poder vem de Belzebu, o príncipe dos demônios”. Jesus responde com propriedade: “Uma cidade ou casa dividida contra si mesma será devastada. Se Satanás expulsa Satanás, está dividido e luta contra si mesmo.” (Mateus 12.25).

Os mesmos líderes aceitavam a libertação de pessoas dominadas por Satanás. Por que não criam no poder de Deus expresso em Jesus? (Mateus 12.27) Diante de tão gritante incredulidade, Jesus dá duas palavras severas, que merecem atenção, por serem tentativas comuns nos dias em que vivemos: o compromisso e a oportunidade adiados.

Compromisso. “Quem não está comigo opõe-se a mim, e quem não trabalha comigo na verdade trabalha contra mim” (Mateus 12.30). Na fé, na igreja, no dia a dia, não é possível viver a vida cristã ora sim, ora não. Não há neutralidade. Ou estamos com Jesus, ou contra Jesus.

Oportunidade. “Quem falar contra o Filho do Homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem neste mundo nem no mundo por vir” (Mateus 12.32). Diante da autoridade provada de Jesus, até quando permaneceremos divididos?