A LÓGICA DA OBEDIÊNCIA

"Na manhã seguinte, Abraão se levantou cedo e preparou seu jumento. Levou consigo dois de seus servos e o filho Isaque. Cortou lenha para o fogo do holocausto e partiu para o lugar que ' Deus tinha indicado." (Gênesis 22.3 NVT)

Até criar o primeiro casal, o Deus Triúno agiu sozinho. A partir daí, o Criador repartiu o seu plano conosco, que fomos feitos à sua imagem e semelhança.

Na Bíblia convivemos com alguns desses diálogos admiráveis. Sete deles, com Abraão. Descontente de como as pessoas viviam, longe do seu propósito, Deus chama Abraão para ser uma bênção a todas as nações (GN 12). Depois fala a ele de uma terra onde o propósito de Deus será mantido. Mais adiante, Deus diz que Abraão terá um filho e uma grande descendência, mesmo sendo Abraão quase centenário. Segue-se uma visão de horror e trevas, com seu livramento. (GN 15). Deus volta a fortalecer Abraão, como o Deus El-Shaddai, o "Todo Suficiente" (GN 17). No sexto diálogo, é anunciada a destruição de Sodoma, e Abraão é apresentado à justiça de Deus (GN 18). Então, no sétimo e último diálogo, Deus ordena que Abraão sacrifique seu amado filho Isaque (GN 22).

Uma ordem estranha, que não vem acompanhada de alguma promessa, como ocorre nas vezes anteriores. Abraão obedece. Não pergunta, nem pede explicações. O filho querido está sendo tirado dele, mas nada interferirá na sua confiança em Deus.

Deixa para trás seus ajudantes e segue só, com Isaque. Constrói um altar, arruma a lenha, ata o menino. Está pronto a entregar o filho da promessa. Aqui encontramos o maior registro do triunfo da fé no Antigo Testamento. E o autor de Hebreus dirá que Abraão creu que Deus poderia trazer Isaque de volta à vida. Não havia caso algum de ressurreição até então, mas para Abraão, isso seria mais fácil do que imaginar Deus descumprindo a própria promessa.

Estamos acostumados a raciocinar logicamente. Mas, se a palavra do Senhor ultrapassar a nossa compreensão imediata, façamos como Abraão: não há lógica maior do que obedecer a Deus!