Por onde ia, Abraão construía um altar para adorar a Deus, Era a forma como buscava a presença do Senhor, dando também testemunho da sua fé aos povos vizinhos. O último altar de Abraão, no entanto, foi o mais difícil. Tinha seguido as instruções do Senhor quanto ao local, havia feito os preparativos, mas ali estava ele diante de um altar vazio!
O filho jovem, ao seu lado, tinha observado a falta do carneiro para o sacrifício. Esperando uma intervenção do céu, Abraão disse que Deus cuidaria de tudo. Com o silêncio do céu, ele se curvou à ordem recebida de Deus. O vazio do altar teria mesmo que ser ocupado pelo filho Isaque.
O autor da carta aos Hebreus nos explica: "Abraão estava disposto a sacrificar seu único filho, embora Deus lhe tivesse dito: ´Isaque é o filho de quem depende sua descendência. Concluiu que, se Isaque morresse, Deus tinha poder par trazê-lo de volta à vida. E, em certo sentido, recebeu seu filho de volta dos mortos" (Hebreus 11.18).
Ali, na terra de Moriá, Deus providenciou um cordeiro, que surgiu para substituir Isaque. O altar vazio provou que a fé que Abrão tinha em Deus era absoluta. Uma fé que não tropeça nas desculpas, não se deixa desviar pelas distrações, e nunca adia o encontro com Deus. Uma fé que não questiona os caminhos de Deus, mas anda neles, com segurança.
O resultado é impressionante: Isaque foi salvo, e se tornou um homem de muita fé. Seu filho Jacó, e o neto José continuaram honrando a Deus. Exemplo que atravessou gerações. Mil anos depois, Salomão construirá o templo do Senhor na região de Moriá (2Crônicas 3.1). Exemplo que marcou o povo de Deus.
Mais um milênio, na mesma região, Jesus, o Filho Amado, será colocado no altar em nosso lugar – a cruz. E assim o Cordeiro de Deus estenderá o amor de Deus ao mundo inteiro, de uma vez por todas (Hebreus 9.26). Com vitória total, porque é a tumba que ficará vazia. Abraão não podia imaginar tudo isso. Mas confiava que os caminhos do Senhor são perfeitos. Andemos neles!