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O capítulo 9 do evangelho de Marcos tem início com uma afirmação de Jesus que tem causado alguns problemas na sua interpretação. Diz o seguinte: “dizia-lhes ainda: em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o Reino de Deus.” Passados 2021 anos deste então, como compreender o que disse Jesus?
Algumas ideias têm sido apresentadas, mas a questão principal não é ficar fazendo conjeturas a respeito de qual delas será válida. Nunca conseguiremos desvendar todos os mistérios da Bíblia, pois Deus sabe que, se o fizermos, passaremos a ser orgulhosos, altivos e isso não O agrada. Vamos citar, para ajudá-los na compreensão do que pode ter sido a intenção de Jesus, alguns pensamentos contemporâneos.
Para o Dr. Raymond Brown, que tem nos acompanhado durante todo este estudo em Marcos, são as seguintes as possíveis intenções do Salvador: Jesus pode ter querido dizer que algumas pessoas que estavam com ele “não buscariam a morte” ou “ que não morreriam até que vissem a destruição de Jerusalém”. Outro pensamento afirma que Jesus estava dizendo que eles viveriam para ver o Dia de Pentecostes, a vinda do Reino com poder. A terceira hipótese é que eles estariam conscientes do poder do Reino de Deus por causa da transfiguração de Jesus, a qual se verificaria seis dias mais tarde e seria presenciada por Pedro, Tiago e João, objeto ainda deste estudo. Há quem afirme também que Jesus estaria dizendo que eles viveriam para experimentar a consumação do Reino de Deus e até que eles conheceriam o poder da ressurreição de Jesus dentre os mortos e Seu poder para continuar a obra que Ele iniciara.
Diante de todas essas sugestões, passemos aos versículos seguintes, que nos apresentam a transfiguração de Jesus, quando três dos doze discípulos estavam presentes: Pedro, Tiago e João. O fato se deu em um monte muito alto, talvez o Hermon ou o Tabor. É bom lembrar que, na Bíblia, a montanha tem sido sempre associada a lugar de revelação, e Êxodo 24:15-18; Mt. 5- 7 são alguns exemplos que podem ser consultados.
Jesus foi transfigurado, ou seja, assumiu uma forma diferente, e suas vestes apresentaram um branco deslumbrante, o que acenava para a sua glória sobrenatural. Há várias passagens bíblicas que poderíamos comentar, caso houvesse mais tempo, mas você com certeza poderá pesquisar na sua Bíblia, para saber mais a respeito.
O que é necessário ser dito aqui é que, além de Jesus e seus discípulos, Elias, aquele profeta que os judeus esperavam viria junto com o Messias; Moisés, o grande doador da Lei, tão enfatizada pelos fariseus e mais: na transfiguração, Deus estava presente e revelou a glória do seu Filho, seu mensageiro final e supremo: “Este é o meu Filho amado, a Ele ouvi”.
A palavra “apareceu” que surge na descrição de Marcos, é usada com freqüência em o Novo Testamento para designar uma aparição repentina de forma celestial. Podemos conferir em Lucas 1:11, I Coríntios 15:5-8, entre outros. Pedro, o discípulo impetuoso, logo se pronunciou, chamando Jesus de Mestre ou Rabi: “Bom é estarmos aqui e que façamos três tendas; uma será tua, outra para Moisés e ainda outra para Elias.”
Pedro desejava honrá-los, numa espécie de réplica da festa dos tabernáculos, quando construíam pequenas cabanas com ramos de árvores. Confira em Levítico 23:39-43. Bom é estarmos aqui, ou melhor, este momento precisa ser conservado!!!! No entanto, não era este o plano de Deus como nenhum de nós se encontra neste mundo para apenas usufruir de bons momentos, guardados em algum local isolado de todos, mas sim para lutar contra o mal e apregoar o Reino de Deus.
O Dr. Raymond Brown destaca quatro ensinamentos que considera principais nesse episódio. Para ele, o relato realça a relação única e íntima que Jesus tinha com Deus, revela a glória de Deus. Mas também manifesta a vontade de Deus de que três dos discípulos, que eram líderes, fossem fortalecidos pelo mesmo testemunho que Deus deu acerca de Jesus. Ele mostra que a história indica que o Antigo Testamento dá testemunho de Jesus porque ali compareceram dois dos maiores profetas de Deus. O relato declara que os discípulos de Jesus devem escutar sua palavra e crer: “a Ele ouvi”, ordem muito clara.
Vamos refletir, com o Dr. Brown, sobre a necessidade de ouvirmos a voz de Deus:
A Ele ouvi, quando disse que deve sofrer e morrer. Ele já falara isso uma vez: servir a Deus, requer a morte do eu. A Ele ouvi, enquanto Ele trabalha por intermédio de Deus, sarando os enfermos, lançando fora os demônios e ressuscitando os mortos. Suas poderosas obras são de Deus. A Ele ouvi, quando Ele declara que a resposta da raça humana a Ele é a base do juízo de Deus no futuro. Creiam que a resposta a Jesus, é a resposta a Deus. A Ele ouvi, quando Ele chama para que tomemos nossa cruz em nossas próprias vidas. Porque a cruz dEle é a base da nossa vida, fazendo com que o serviço incondicional seja o modelo para a vida de todos. A Ele ouvi, quando fala da ressurreição dos mortos. Ele disse isto: que havendo sido crucificado, voltará a viver. Dêem a Ele os vossos corações fiéis e obedientes. A Ele ouvi, quando declara que voltará outra vez em grande glória, no final do tempo. Escutai quando Ele declara que Deus manifestará Sua glória nEle, no Filho do Homem que volta. A Ele ouvi...outras vozes os chamam: porém elas não os conduzem a Deus.
Enquanto Jesus e os três discípulos estavam na montanha tendo uma experiência de um valor inquestionável, algo acontecia em terra. Uma multidão se aproximou dos discípulos restantes, que não conseguiram expulsar demônio de um rapaz: “E um, dentre a multidão, respondeu: Mestre, trouxe-te o meu filho, possesso de um espírito imundo e roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam.”
Jesus respondeu como quem, mais uma vez, se decepciona com a dificuldade da dureza do coração dos que o cercavam: “então Jesus lhes disse: ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-mo.”
O pai do rapaz agora estava confuso: será que poderei ver meu filho curado? Dirigiu-se a Jesus, dizendo: isso ocorre deste a infância e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos! Jesus respondeu: se podes crer, ao que crê tudo é possível, ou seja, tens a espécie de fé que não coloca limites ao poder de Deus na vida humana? A essa pergunta séria e contundente, o pai respondeu: creio, Senhor, ajuda a minha incredulidade. Esta resposta foi suficiente para Jesus que expulsou o demônio pela autoridade de Deus.
Os discípulos que não estavam presenciando a transfiguração ficaram decepcionados com eles mesmos, e Jesus conversou com eles: o grau de confiança de Jesus em Deus na oração foi a manifestação da sua própria fé em Deus. O crente demonstra a sua fé, orando: ora porque crê e crê porque ora. Sem oração, milagres não acontecem, pessoas não têm a fé fortalecida, a Igreja não obtém vitórias, as famílias não se fortalecem, o Reino de Deus não alcança as almas carentes de salvação.
Ficam, então, para nossa reflexão, duas lições importantes e que devem estar sempre presentes diante de nós: Este é o meu Filho Amado, a Ele ouvi e Ele diz que devemos orar, se quisermos ser vitoriosos em nossa vida cristã. Que possamos estar atentos a esses assuntos.
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