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O 2º DIA E OS CÉUS DO FIRMAMENTO

Em uma das cartas escritas por Paulo, o apóstolo fala de uma experiência pessoal e real quando ele foi levado ao terceiro céu onde recebeu revelações do Senhor. O texto de 2 Coríntios 12:2a) diz: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu...O céu aqui mencionado não se trata de um lugar físico que podemos enxergar, mas sim um céu que está no plano espiritual. Esse altíssimo lugar é o lugar da habitação de Deus, ou seja, da trindade divina e dos anjos. Em Salmos 91:9 encontramos:“Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação”.A existência deste terceiro céu deixa clara a existência múltipla de outros céus, ou seja, um primeiro e um segundo céu. Onde, portanto, podemos vislumbrar esses dois outros céus? A resposta vem do segundo dia da Criação em Gênesis 1.Na sequência dos dias da Criação, o firmamento (ou expansão), chamado céus, foi criado no segundo dia para separar as águas primitivas em dois grandes reservatórios distintos, um abaixo e outro acima do firmamento. O texto de Gênesis 1:6-8, declara:

6. “E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas.

7.Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento

e as águas sobre o firmamento. E assim se fez.

8.E chamou Deus ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.

As águas acima do firmamento indicam que Deus colocou uma grande camada de água, provavelmente na forma de vapor, acima da Terra, formando algo semelhante ao interior de uma gigantesca estufa providenciando, assim, condições climáticas favoráveis com temperatura uniforme e ideal à futura criação de vida. Isto pode explicar a longevidade humana pré-diluviana (Gn 5) e as chuvas torrenciais que se precipitaram sobre a Terra quando “as comportas dos céus se abriram” (Gn 7:11) por ocasião do grande Dilúvio universal no tempo de Noé. Também as águas abaixo do firmamento, que formavam um grande oceano sem orla costeira, permitiram que “as fontes do grande abismo” se rompessem das profundezas da Terra para compor a grande quantidade de água desse Dilúvio que inundou toda a Terra.

A forma plural do substantivo céu (céus) deve ser considerada na análise desse assunto, pois, Deus, certamente, criou mais de um céu. Desta forma, o firmamento é normalmente tomado como incluindo a atmosfera que envolve a Terra, bem como, o espaço sideral onde se posicionam os corpos celestes. Ou seja, o firmamento inicia-se na superfície da terra e se expande até o seu limite final nas bordas do universo. Assim, o primeiro céu é a atmosfera da Terra onde voam as criaturas e onde também se formam as nuvens. Já o segundo céu abrange o que vai além da atmosfera terrestre incluindo o sol, a lua, planetas e estrelas por todo o vasto espaço galáctico.

Para justificar o que afirmamos acima (a respeito dos dois céus do firmamento), basta considerar outros textos onde o termo “firmamento” é usado ao longo dos demais dias da Criação. Por exemplo, na segunda metade do verso de Gênesis 1:20, Deus traz à existência as criaturas que voam no firmamento:“Disse também Deus:... e voem as aves acima da terra no FIRMAMENTO dos céus.” (primeiro céu). Também em Gênesis 1:16-17, o Criador posiciona os corpos celestes no firmamento: “E fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas. E os colocou no FIRMAMENTO dos céus para alumiarem a terra.” (segundo céu).

Nos últimos anos, a ciência tem descoberto que o Universo em geral, e a Terra em particular (na qual vivemos), não surgiram por acaso. Ao contrário, o mundo criado é extremamente mais preciso e eficiente do que o melhor dos relógios modernos. A descoberta hoje do ajuste fino do universo, ou seja, das mais de cem condições ambientais altamente precisas, chamadas de “Constantes Antrópicas” (relativas ao homem), têm levado muitos cientistas a admitirem que o equilíbrio tão delicado das condições requisitadas para a existência e a permanência da vida sobre a Terra não poderia ter surgido acidentalmente. Por exemplo, na atmosfera o nível de oxigênio responde por 21% dela. Se esse nível fosse maior que 21% (25%, por exemplo), haveria incêndios espontâneos por toda parte, quase impossíveis de se apagarem. Se fosse menor que 21%, os seres humanos ficariam sufocados. Esse número preciso (21% de oxigênio) é uma constante antrópica que torna possível a vida humana sobre o planeta. Também, a grande quantidade de água mencionada no primeiro e no segundo dia da Criação não existiu por acaso. A água cobre mais de 70% da superfície terrestre podendo se apresentar nas formas líquida, sólida (gelo) ou gasosa, sendo responsável por manter a temperatura da Terra relativamente estável. Desta forma, os ventos mantém fresco o ar que respiramos trazendo nuvens e chuva para regar o solo provendo alimento.

Com um propósito bem definido, esses ajustes estabelecidos nos mínimos detalhes na natureza para que o homem e as outras formas de vida pudessem aqui existir apontam para algo sobrenatural além das leis físicas e clama por um Projetista, ou um Criador, que a Bíblia revela como Deus. Por isso, diferentemente dos homens incrédulos e cegos que insistem em negar a Criação divina deixando de enxergar o óbvio, no Salmo 19:1, o salmista bíblico ao contemplar os céus do firmamento, não resistiu em exclamar diante da admirável beleza da Criação:

“Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”

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