A Bíblia é o livro mais citado na história humana. É nela que vemos o diálogo entre o Criador e nós, criaturas. Ultrapassa a nossa limitação, porque ali a soberania de Deus se encontra com a liberdade com que Deus nos deixa fazer escolhas.
Daí as opiniões extremas, como os que tentam negar tudo: “não há Deus” (SL 14). Ou aqueles que fazem pouco caso:“riram com desprezo” (AT 17.32). Zombam, até: “Salve a si mesmo e desça da cruz!” (MT 27.40). Não são raros os que usam a Bíblia como efeito mágico – (cf. AT 8.19), ou a Bíblia aberta no Salmo 91, “para trazer sorte”.
Judas, o irmão de Tiago, vê pessoas que ainda ignoram a verdade e recomenda: “Tenham compaixão daqueles que vacilam na fé” (JD v.22).
Por outro lado, há os que pesquisam a Bíblia como página literária, compêndio de história antiga ou série de contos curiosos: “Pois virá o tempo em que as pessoas já não escutarão o ensino verdadeiro” (2 TM 4.4). Mas sabemos que só a Bíblia pode se declarar perfeita (SL 119.96; AP 22.18-19), viva e eficaz (HB 4.12), o livro final: “Vejam, eu venho em breve! Felizes aqueles que obedecem às palavras da profecia registrada neste livro” (AP 22.7).
Palavra eterna do Deus eterno.
Houve quem se apresentasse para trabalhar na reconstrução do templo. O critério já havia sido buscado por Davi: “Senhor, quem pode ter acesso a teu santuário?” (SL 15) Mas quando Deus restaurou o seu povo depois de séculos de exílio em terra estranha, foi rigoroso com o caráter dos líderes e colaboradores: “Então todos que tremiam diante das palavras do Deus de Israel vieram e sentaram-se comigo por causa dessa infidelidade cometida pelos exilados que haviam regressado.” (ED 9.4). “Seguiremos seu conselho e o conselho dos outros que tremem diante dos mandamentos de nosso Deus” (ED 10.3)
Foram aceitos somente aqueles que tremiam diante das palavras de Deus. Estaríamos entre os convocados?
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