Toda manhã, antes de sair para os compromissos diários, faço caminhada de meia hora. Escolho dar voltas em uma grande praça que abriga também uma academia pública para a terceira idade. Enquanto faço meu exercício, distraio-me com a alegria das pessoas que se exercitam nos aparelhos ali instalados.
No entanto, dia após dia, observo um lindo cachorrinho. Belíssimo. Branco como a neve. Pequeno mas imponente. Ele está sempre ali ao lado do seu dono. Curiosamente, ele não fica amarrado a coisa alguma e nem tem guia na sua coleira azul, quase um peitoral.
É um cachorro livre. Pode correr, pular, ir atrás dos outros animais, pois nada o prende ao dono. No entanto, ele fica ali, calmamente instalado, olhando para o seu dono fazendo exercícios. Quando há mudança de aparelho, ele se levanta e se posiciona próximo ao novo local. Faz isso muitas vezes, sempre olhando para seu dono. Ele contempla o “amigo” com olhar embevecido.
Quero ser assim com Jesus. Desejo ficar ao lado dele por amor. Sei que sou livre, mas gostaria de imitar aquele cachorrinho dedicado e me aproximar de Jesus com integridade e inteireza de coração. Quero experimentar o desejo do salmista, quando disse: “Quanto a mim, contemplarei a tua face na justiça; eu me satisfarei da tua semelhança quando acordar.” (Salmo 17.5).