A DOUTRINA BÍBLICA DA ORAÇÃO
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A DOUTRINA BÍBLICA DA ORAÇÃO

Texto: Mateus 6:6-13

Chegamos à última lição desta série de estudos.

Tivemos a oportunidade de meditar sobre vários aspectos a respeito da oração, mas sabemos que muitos outros ficaram excluídos, tão vasto e profundo é o tema oração na Bíblia.

Estamos encerrando o estudo com uma lição cujo título é exatamente aquele que foi o seu tema geral: A Doutrina Bíblica da Oração.

O texto bíblico que está servindo de base para a lição é o de Mateus 6:6-13, que apresenta a oração que Jesus ensinou aos discípulos, com ênfase especial no verso 13.

Sendo uma oração apresentada por Jesus exatamente para servir de modelo, é uma oração perfeita e completa.

Na lição 6, tivemos a oportunidade de examinarmos alguns aspectos desta oração especialmente as advertências e orientações que Jesus fez antes de apresentar a oração propriamente dita.

Hoje, a nossa atenção está concentrada em alguns pontos do conteúdo da oração modelo.

O primeiro deles, em que vamos nos deter um pouco é o tratamento que Jesus nos ensina a usar com Deus em oração: PAI. “Pai nosso que estás no céu”.

Quanto significado há neste ensino!

Só o fato de podermos chamar Deus – Todo Poderoso – criador dos céus e da terra de Pai já é em si um privilégio incomparável.

Contudo, não se trata apenas de chamar Deus de Pai.

A bênção é muito maior.

O que Jesus está dizendo é que Deus é de fato nosso Pai. O Pai Celestial.

Em Mateus 7:11, o Senhor Jesus volta a se referir a Deus como nosso Pai.

Entretanto, há algo a considerar: o Senhor Jesus está se dirigindo aos seus discípulos. Estas instruções são dadas aos seus seguidores, e não às pessoas de modo geral.

Isto nos conduz à reflexão sobre o conceito teológico da nossa adoção como filhos de Deus.

Exatamente isso: trata-se de uma adoção.

Todos os seres humanos são criaturas de Deus, porém filhos são apenas os que passaram pelo processo da adoção. Adoção, em Cristo. Para aqueles que receberam a Jesus Senhor e Salvador pessoal.

É isso o que a Bíblia diz. Em João 1:11-12, trecho que fala sobre a vinda de Jesus ao mundo, lemos: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus”.

O apóstolo Paulo, no cap. 8 da sua carta aos Romanos escreve sobre a nova vida debaixo da graça, segundo o Espírito de Santidade e adoção e, então, diz:

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e, se filhos, também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (v.14-17).

Esta afirmação do apóstolo de que os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus é mais uma confirmação que a Bíblia nos dá de que somente aqueles que receberam a Jesus são filhos de Deus, uma vez que o Espírito Santo é promessa de Jesus para os que crêem nele. Em João 7:39 lemos o seguinte: “Ora, isto ele (Jesus) disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem”.

Logo, o Espírito de Deus não habita num coração que não tenha recebido a Jesus.

O Espirito Santo atua junto a um coração incrédulo no sentido de convencê-lo à fé em Jesus, mas não faz nele morada. Somente os crentes em Jesus têm o Espírito de Deus e por ele são guiados. Estes são filhos de Deus.

Sendo assim, somente os salvos por Jesus podem fazer a oração modelo verdadeiramente. Somente estes podem dizer, junto com o apóstolo João: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos” (I João 3:1). Estes podem dirigir a sua oração a Deus, chamando-o de Pai.

O outro ponto, dentro da oração modelo, que estamos enfatizando, encontra-se no verso 13: “e não nos deixes entrar em tentação, mas livra-nos do mal”.

Jesus não apenas nos alerta quanto ao cuidado que precisamos ter para não entrarmos em tentação, como também aponta a oração como meio de alcançarmos vitória sobre as investidas do inimigo.

Oração em que especificamente pedimos isso a Deus, como na oração modelo, e todas as demais orações que fazemos, vigiando, para que as tentações não tenham triunfo sobre nós.

No Getsêmane, Jesus fez claramente esta advertência aos discípulos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca” (Marcos 14:38).

O oração é o nosso meio de defesa face às tentações, seja para evitá-las, seja para vencê-las.

O crente que vigia e ora torna-se mais fortalecido e espiritualmente preparado para vencer as tentações e até mesmo para evitá-las porque desfruta de maior comunhão com Deus.

Louvamos e agradecemos a Deus por nos ter aberto o caminho da oração, pelo qual podemos prestar a Ele a nossa adoração, render-lhe graças, fazer confissões e súplicas, ouvindo a sua voz e recebendo toda a boa dádiva e todo o dom perfeito que vêm do Pai das luzes (Tiago 1:17). O nosso Pai Celestial.

E é assim que concluímos este estudo, dirigindo a Deus a nossa oração, fazendo-a em nome de Jesus, que assim nos ensinou a orar:

Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre. Amém.

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