CORAGEM NA GUERRA CONTRA O MAL

“Se houver aqui um homem tímido e medroso, então que volte para casa” (Deut. 20.8).

Moisés, o homem escolhido por Deus para guiar o povo de Israel à Terra Prometida, dá neste capítulo 20 de Deuteronômio instruções sobre o comportamento do exército em caso de guerra. Havia apenas quatro desculpas para alguém se eximir de servir na guerra. A quarta escusa foi a do texto lido. Soldado tímido ou medroso não poderia estar na linha de frente. Teria que voltar para casa. E a razão é simples: “pode acontecer que os soldados fiquem com medo também” (final do verso 8 – Nova Tradução da Linguagem de Hoje).

Na Palavra de Deus temos muitos exemplos de coragem, bravura, intrepidez e ousadia. Ninguém se cansa de ler a história do jovem Davi em luta contra o gigante filisteu, Golias, e obtendo espantosa e admirável vitória. Mas há uma guerra na qual, todos temos que nos envolver – a batalha contra o pecado, a guerra contra o mal, que tem Satanás como comandante e chefe. Por isso, o apóstolo Pedro nos adverte: “Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1Pedro 5.8).

Ora, lutar contra o pecado é lutar contra Satanás, e isso exige coragem porque é uma luta desigual. O apóstolo Paulo, a propósito, nos diz: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. Passa, então, a mencionar as armas espirituais do crente: o cinto da verdade, a couraça da justiça, os pés calçados na preparação do evangelho da paz, o escudo da fé e o capacete da salvação. Além disso, o soldado de Jesus nesta tremenda batalha deve estar “orando em todo o tempo, com toda a oração e súplica no Espírito” (Efésios 6.13-18).

Que nesta guerra contra o mal não haja, portanto, tímidos nem medrosos, pois o salmista diz: “Quando eu sentir medo; confiarei em Ti. Sim, colocarei em Deus a minha confiança e ficarei tranquilo” (Salmo 56:3,4).