MARCOS 1:32-34 (Mateus 8:14-17; Lucas 4:40-41)
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V.32 – À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos, e endemoninhados. V.33 – Toda a cidade estava reunida à porta. V.34 – E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era. Os fatos registrados neste parágrafo ocorreram na casa de Pedro, no sábado à tarde, ao cair do sol, onde Ele havia curado a sogra daquele discípulo. No sábado de manhã, no culto da sinagoga, Jesus curou o homem possesso de um espírito imundo e a Sua fama correu por todas as direções na circunvizinhança da Galiléia, inclusive na cidade de Cafarnaum. Não é de estranhar que muita gente afluísse ao local em que Ele se encontrava, em busca de cura para seus doentes e endemoninhados. Pela Lei de Moisés, os judeus não podiam transportar objetos e cargas durante o sábado (Jeremias 17:24), porque isto significava trabalhar, o que era proibido pela Lei. Por isso o povo aguardou até findar o sábado, ao cair do sol, para transportar os seus doentes. A autoridade que Jesus demonstrou na sinagoga e o poder que acompanhou a Sua Palavra naquela manhã deu-lhes a certeza de que Ele podia atender às necessidades e satisfazer os desejos de todos. De fato, Mateus informa que, com a Palavra, Ele expeliu os espíritos imundos e curou todos os que estavam doentes, em cumprimento da profecia de Isaías que diz: “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Isaías 53:4). Sendo esta uma passagem constante do “Cântico do Servo”, o que Mateus quer mostrar é que Jesus está agindo como o Servo do Senhor ou o Servo Sofredor. Lucas acrescenta que Ele impunha as mãos sobre os enfermos, o que lembra o poder do Espírito Santo, através do qual Ele operava (Mateus 12:28; Isaías 61:1-2). Por que Jesus repreendeu os demônios, não permitindo que eles falassem quem Ele era? A resposta é: porque eles sabiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. Isto implica nos seguintes aspectos: primeiro, que Jesus não aceita o testemunho de demônios, pois Ele não compactua com o diabo; segundo, a divulgação do fato d’Ele ser o Messias podia acender o espírito nacionalista dos galileus e provocar uma rebelião contra o domínio romano naquela região. Os galileus eram tanto propensos a revoluções, quanto eles criam, como os outros judeus, que o Messias era o rei que viria da parte de Deus para subjugar os romanos e implantar o seu reino sobre o mundo todo. Isto bastava para desencadear uma rebelião que prejudicaria muito o ministério de Jesus. Este não era o tempo oportuno para Ele revelar-se como o Cristo ou o Messias, que, na realidade era o Servo Sofredor. Só mais tarde Ele fez esta revelação aos discípulos, para que compreendessem que eles também passariam por sofrimentos como Ele próprio (Mateus 16:16, 21; Marcos 8:29, 31; Lucas 9:20-22).