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(MARCOS 3:7-12 Mateus 12:17-21; Lucas 6:17-19)
V.7 – Retirou-se Jesus com os seus discípulos para os lados do mar. Seguia-o da Galiléia uma grande multidão. Também da Judéia, V.8 – de Jerusalém, da Iduméia, dalém do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom uma grande multidão, sabendo quantas cousas Jesus fazia, veio ter com ele. V.9 – Então recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem. V.10-Pois curava a muitos, de modo que todos os que padeciam de qualquer enfermidade se arrojavam a ele para o tocar. V.11-Também os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se diante dele e exclamavam: Tu és o filho de Deus. V.12-Mas Jesus lhes advertia severamente que não o expusessem à publicidade.
Jesus retirou-se com seus discípulos para os lados do mar e a razão desta retirada é esclarecida em Mateus 12:14-15: é porque Ele sabia que os fariseus e os herodianos conspiravam contra a Sua vida. Ele não temia os seus adversários. O Seu afastamento foi apenas temporário, porque a Sua hora não havia chegado e a Sua obra estava apenas no início. No tempo certo porém Ele os enfrentou até à morte. Nesta retirada os Seus discípulos solidarizaram-se com Ele, assumindo as consequências de continuar a segui-lo. Grandes multidões, não somente da Galiléia mas ainda da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, da Transjordânia e da região de Tiro e Sidom, seguiam-no porque sabiam das cousas que Ele fazia. A fama de Jesus já havia chegado além do sul da Judéia, na região leste do Jordão, no noroeste da Galiléia, enfim, ela se espalhou em todas as direções. Tão grande era a ânsia do povo por milagres que muitos se arrojavam sobre Ele para tocá-lo e serem curados. Daí, a necessidade de ter sempre um barco em que Ele pudesse proteger-se da multidão que o comprimia. Mateus informa que Ele curou a todos, em cumprimento da profecia de Isaías 42:1-4, que é um dos cânticos do Servo do Senhor. Também, em cumprimento desta mesma profecia ele informa que Jesus não era dado a contendas, e nem fazia alarde para ser notado nas praças. Antes, Ele cuidava em recuperar os fracos e, pelo Espírito de Deus, anunciava a justificação dos gentios, cuja esperança era Ele mesmo. Provavelmente havia muitos gentios no meio daquela multidão. Em Mateus 12:1-23 são apresentadas três expressões messiânicas referentes a Jesus: “Filho do Homem” (V.8), “Servo do Senhor” (v.18); “Filho de Davi” (v.23).
Enquanto as autoridades judaicas repudiavam os milagres que Jesus realizava nas sinagogas, o povo os aprovava e O procurava cada vez mais. Mateus e Marcos informam que Jesus advertia a multidão para que não fizesse propaganda dos Seus milagres. O Seu desejo era que o povo viesse para ouvir as Suas palavras e visse as suas obras, como em Lucas 7:22, a fim de terem uma compreensão real de quem Ele era, pois a imagem que eles faziam do Messias, o Filho de Deus, era muito precária.
Lucas informa que estes fatos se deram quando Ele descia do monte, após uma noite de oração, que antecipou a escolha dos doze apóstolos (Lucas 6:12, 17).