DA PRÁTICA DA JUSTIÇA
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DA PRÁTICA DA JUSTIÇA

MATEUS 6:1-18

V.1 – Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste. V.2 – Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. V.3 – Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua esquerda o que faz a tua direita; V.4 – para que a tua esmola fique em secreto: e teu Pai que vê em secreto, te recompensará.

O verso 1 é uma introdução a toda esta seção que vai até o verso 18.A justiça a que Jesus se refere no verso 1 está relacionada com o motivo que leva as pessoas a realizarem atos devocionais referentes a esmolas, oração e jejuns, assuntos tratados neste trecho.

Dar esmolas, orar e jejuar eram consideradas pelos judeus como as maiores expressões de religiosidade. Jesus passa, então, a considerar o motivo que leva os devotos a praticarem tais atos. Ou eles os fazem por verdadeira devoção a Deus, ou para aparentar religiosidade e serem aplaudidos pelos homens.

Justiça, neste contexto, significa piedade, devoção ou prática religiosa. “Esmolas” têm um significado mais abrangente do que simplesmente oferecer alguma quantia em dinheiro a alguém necessitado. Refere-se a ofertas de caridade em geral. O toque de trombeta aludido no verso 2 pode até não ser literal, mas Jesus quer salientar a intenção de pessoas hipócritas que queriam parecer misericordiosas quando prestavam ajuda a algum necessitado. Era característica da hipocrisia dos fariseus chamar a atenção para si no momento de dar esmola, porque esta era considerada a mais alta devoção, a ponto até de garantir a salvação. Era esta a razão deles quererem ter o público como testemunha da sua devoção. Por isso, Jesus disse: “Ao dares esmola, ignore a tua esquerda o que faz a tua direita”.O aplauso dos homens é o máximo que eles podem conseguir como recompensa, porque Deus não se deixa impressionar por um gesto como este. O mesmo acontece com relação à oração em lugar público e com o jejum.

Jesus afirma que Deus recompensa aqueles que praticam esses atos em secreto e, não, para serem vistos. Mas a privacidade ordenada aqui não significa que o homem verdadeiramente piedoso deva fazer dela motivo de alcançar méritos. Ele mesmo orou em público, exerceu misericórdia e jejuou, cousas de que o povo tomou conhecimento. Mas Ele não fez isso para buscar a aprovação dos homens e, sim, porque isso fazia parte do Seu trabalho. Levertoff diz: “Embora os discípulos devam ser vistos fazendo boas obras, eles não devem fazer boas obras para serem vistos. Os que receberão a maior recompensa serão aqueles que nem se lembraram de que fizeram boas obras, conforme ordenado em Mateus 5:16. No dia do juízo eles perguntarão: “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:37-40). A recompensa está no verso 34b: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”.

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