BRAVA COM DEUS

Os familiarizados com a forma americana de viver sabem que, quando os cidadãos estão na fase de compra da casa, assinam compromisso no banco. Caso venham a perder a capacidade de pagamento, a casa lhes é tirada para o ressarcimento do valor emprestado. Isto traz tristezas, como todos podemos imaginar. Foi o que aconteceu com o casal Lancaster, quando o marido perdeu o emprego onde estava há dezoito anos. A família entregou o imóvel e a sra. Jan ficou muito brava com Deus. Acho até que brava não descreve a força do sentimento que a dominava.

Um certo tempo depois, a situação do casal melhorou e eles puderam comprar outra casa. Que alegria! Começaram a preparar a mudança e Jan quis forrar as prateleiras dos armários do novo lugar com plástico adesivo, tipo “contact.” Abria o rolo e tentava, mas o fracasso acontecia: ficava tudo enrugado, feio. Precisava repetir a operação. Em determinado momento ela decidiu que iria tirar o protetor do plástico aos poucos e foi a melhor ideia que poderia ter tido: prateleiras forradas e trabalho concluído.

Ao contemplar o resultado do trabalho, a sra.Jan entendeu que havia sido desta forma, um passo de cada vez, que Deus os ajudou a enfrentar os três anos que se passaram, antes de terem condições de chegar até ali. Lágrimas de gratidão brotaram dos seus olhos: ao identificar o fortalecimento do casamento, a proximidade do contato com a filha e tantas outras bênçãos que, dia após dia, recebiam. Compreendeu, então, a expressão paulina quando, em Romanos 8:28, registrou: “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.”