“Não faz sentido acender uma lâmpada e depois colocá-la sob um cesto. Pelo contrário, ela é colocada num pedestal, de onde ilumina todos que estão na casa. Da mesma forma, suas boas obras devem brilhar, para que todos as vejam e louvem seu Pai, que está no céu.” (Mateus 5.15-16 NVT)
A vida de Jesus entre nós é o maior de todos os mistérios. Só Deus, soberano e Todo Poderoso, é capaz de conciliar a eternidade com o tempo medido, o infinito com o finito. Os evangelhos nos levam a acompanhar de perto o dia a dia de Jesus. Ouvimos seus ensinos, as sábias respostas, as palavras de ânimo, e as oportunas observações sobre fatos comuns.
Como esse comentário sobre a lamparina, usada diariamente em todas as casas do seu tempo. Jesus nota que não é só acender a lâmpada. Há o lugar próprio onde a candeia cumpre a sua função. Então, no seu jeito direto e atraente, ele leva os ouvintes a imaginar alguém capaz de acender a luz e levá-la para baixo de um cesto.
“Não faz sentido”, conclui o Mestre.
Como Jesus não gasta o tempo nem as palavras, e como é impensável uma pessoa desperdiçar o azeite da lamparina, sabemos que ele fala de outro tipo de luz: “suas boas obras devem brilhar”. Lucas acrescenta a advertência que nossa luz “não seja, na verdade, escuridão”, mas sim “cheios de luz, sem nenhum canto escuro” (Lucas 11.35-36).
Alguém pode achar que é só uma historinha para crianças. Ninguém esconderia normalmente uma lâmpada dessa maneira. Será? O que dizer do prazer em ler a Palavra que é “lâmpada para meus pés e luz para meu caminho” (Salmo 119.105) se essa lâmpada fica a semana toda jogada em um canto, esperando ser aberta lá no culto do domingo?
Nossa lâmpada mostra “o fruto da luz que produz apenas o que é bom, justo e verdadeiro” de Efésios 5.9? Nossa lâmpada cumpre 1 João 2.9: “Se alguém afirma:´Estou na luz´, mas odeia seu irmão, ainda está na escuridão”?
Não, não é história para crianças. Joguemos fora o cesto!