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A BÊNÇÃO DA RECONCILIAÇÃO (Gênesis 32-36)

Introdução:

Jacó saiu de Berseba fugindo do seu irmão enfurecido. Agora, depois de 20 anos, está voltando para sua terra.


01. O peso da culpa:


Depois de vinte anos, Jacó, agora já com família de onze filhos e já rico, está de volta à sua terra obedecendo à ordem de Deus.

Jacó estava levando uma bagagem totalmente indesejável, que já o acompanhava desde Berseba: a consciência de culpa por ter se aproveitado da leviandade e da fome do seu irmão e lhe comprado o direito à bênção por um prato de lentilhas.

Assim, mandou mensageiros a Esaú com a missão de lhe dar boas noticias da sua vida e da sua prosperidade, esperando com isso aplacar a ira do irmão. Ficou ainda mais temeroso quando os mensageiros voltaram dizendo que Esaú estava vindo ao seu encontro acompanhado de 400 homens armados.

02. O propósito de Esaú:


Há quem diga que se a intenção de Esaú fosse um encontro amigável e fraternal com o irmão, não teria levado tanta gente. O que de fato sabemos é que Deus havia dado a Jacó garantias de proteção e esta pode ter sido a grande razão de vermos um Esaú tão amável na hora do encontro.

03. Estratégias de reconciliação:


Temendo a violência do irmão, Jacó adotou duas estratégias para conseguir a reconciliação com o irmão. A primeira foi preparar um presente para o irmão. O presente consistia em pouco mais de 330 cabeças de animais diversos, entre cabras, ovelhas, camelos, touros e jumentos. Seus servos seguiriam à frente levando as manadas em grupos que seguiam a certa distancia um do outro. Cada um dos servos, responsáveis por manadas, levava também uma mensagem de paz para Esaú.


A segunda estratégia foi buscar a Deus em oração. Essa foi a primeira oração da história, com as características que temos hoje. Jacó planejou ficar só para orar e passou a noite em oração.

Com a oração Jacó demonstrou sua dependência de Deus e confiança nele, sem desprezar aquilo que podia e precisava fazer.


04. A importância da reconciliação:


Com suas estratégias, Jacó revela a grandeza da importância da reconciliação. É assim mesmo o ensino de Jesus no Novo Testamento. O mandamento da Lei de Moisés manda amar ao próximo como a nós mesmos. Jesus foi mais longe e manda amar ao próximo como Deus ama. O apóstolo João pergunta: Quem não ama o irmão a quem vê como pode amar a Deus a quem não vê?

Jesus ensina que Deus não aceita a adoração de alguém que tenha relacionamentos quebrados.

No meio da noite, enquanto Jacó orava, um anjo de Deus em forma humana, foi ao seu encontro e nesse encontro Jacó recebeu novo nome: “Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste”.

A nação de Israel é formada pelos descendentes de Jacó, que por isso têm esse nome até hoje. O nome Israel quer dizer: “Aquele que luta com Deus”.

A expressão do anjo: “Lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste”, indica que enquanto Jacó orava, lutava com Deus e a luta com homem é referência ao tempo em que lutou sem saber que se tratava de um anjo.Também pode ser referência à luta de Jacó consigo mesmo diante do sentimento de culpa do seu pecado.

05. O ato da reconciliação:


O dia amanheceu e Israel olhou e viu que seu irmão se aproximava. Então se apressou e inclinou-se até ao chão. Fez isso sete vezes até chegar ao irmão. Esaú correu ao seu encontro, abraçou-o e beijou-o e choraram juntos. As lágrimas lavaram as mágoas e a culpa. O relacionamento foi restaurado.

É bem verdade que às vezes ofendemos pessoas até sem sabermos que estamos ofendendo, porém, Deus quer que sejamos bênção e somente bênção.

Uma preciosa exortação da Bíblia, diz assim: “A ninguém devolvei mal, por mal. Procurai fazer o que é certo diante de todos. Se possível, no que depender de vós, vivei em paz com todos os homens”.


06. Depois da reconciliação:

Depois da reconciliação, Esaú revela um coração mais amigável do que Israel. Primeiramente, oferece companhia para a viagem, Israel recusa e justifica; Oferece servos para ajudar com os animais, Israel recusa; Israel promete que irá encontrar Esaú em Seir, onde ele morava e não foi. Na verdade, o destino da viagem era Berseba onde morava seu pai Isaque. Não foi pra lá, também. Há quem diga que provavelmente Esaú contou que sua mãe já havia morrido. Ele sempre foi o preferido da mãe. Deve ter contado que seu pai Isaque já estava cego. Penso que na verdade, este devia ser um motivo a mais para apressar seus passos para estar com seu velho pai, depois de vinte anos.

Israel foi morar em Sucote e deve ter vivido lá mais de cinco anos. Depois foi para Siquém.


07. Fato notável em Siquém:


Em Siquém, Diná, a única filha de Israel, foi raptada e estuprada. O estuprador foi o próprio príncipe Siquém, que dava nome ao lugar. Ele se apresentou e declarou amor pela moça pedindo-a em casamento. Os irmãos dela planejaram uma armadilha para Siquém. Este é um fato notável e lamentável. Eles exigiram que todos os homens da cidade de Siquém fossem circuncidados para que aceitassem o casamento. Esperaram três dias depois da circuncisão, até que os homens de Siquém estivessem no pior momento de dor e, portanto, incapacitados para qualquer combate. Então, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram suas espadas, entraram na cidade e mataram todos os homens. Além disso, tomaram todas as mulheres e saquearam a cidade.

Chamo isto de fato notável porque revela o quanto a vingança tem poder de transformar o homem em um covarde sem limites na prática da violência.

08. Ajustamento da fé em família:


Deus apareceu a Israel mais uma vez e ordenou que fosse adorar em Betel, o mesmo lugar onde já havia adorado quando viajava para Harã.

Israel se deu conta de que algumas pessoas da família portavam ídolos que adoravam. Então solicitou que os abandonassem e eles voluntariamente os entregaram. Israel os recolheu e enterrou debaixo de um carvalho.


09. Finalmente em Berseba:


Depois de adorar em Betel, Israel, finalmente, decidiu que ia voltar a Berseba e ver seu velho pai.

Raquel, sua esposa amada, estava grávida e quando se aproximavam da cidade de Belém, onde nasceu Jesus, nasceu seu segundo filho que se chamou Benjamim. Raquel morreu no parto e foi sepultada ali mesmo.

Nosso estudo continua no próximo domingo, no mesmo horário. Obrigado por sua atenção.


Referências:

• Dr. Antônio Neves de Mesquita

Estudo no livro de Gênesis

• Dr. C.H.Mackintosh

Comentário Bíblico

• Jonh McArthur

Bíblia de Estudos

• Derek Kidner

Comentário bíblico

 
 
 

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