A CONQUISTA DE CANAÃ: A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA (Juízes 3, 9, 10)
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A CONQUISTA DE CANAÃ: A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA (Juízes 3, 9, 10)

INTRODUÇÃO


Liderança é algo preponderante na vida de qualquer nação ou grupamento. É o líder que mostra a visão para o grupo e a direção a ser tomada. Não foi diferente com Israel, que teve bons e maus líderes. Quando tinha bons líderes, alcançava a paz e voltava-se para Deus. Quando perdia, o líder era conduzido por maus líderes ou povo voltava a se afastar de Deus e a “fazer o que era mau perante o SENHOR” e a entregar-se à idolatria.


1 – Otniel e Eude – 120 anos de paz (Jz 3.7-30).


Um erro recorrente cometido pelas tribos de Israel era o de não obedecer e não confiar plenamente no poder de Deus em conceder vitórias e assim, novamente se esqueceu de Deus e fez “o que era mau perante o SENHOR” e, por essa razão, Deus permitiu que Israel fosse oprimido pelo rei da Macedônia, a quem serviram por oito anos, até que caíram em si e clamaram ao SENHOR, que, ouvindo o Seu povo, suscitou Otniel, “libertador que os libertou” (3.9). Após derrotar o rei da Mesopotâmia, liderou Israel que “ficou em paz durante 40 anos” (3.10, 11).


Otniel morre e Israel reincide em se afastar, desobedecer e fazer o que era mau perante o SENHOR (3.12), que os entregou aos filhos de Amom e amalequitas, tendo “os filhos de Israel servido a Eglom, rei dos moabitas, dezoito anos” (3.13, 14).


No sofrimento, clamam novamente ao SENHOR que, sendo rico em perdoar, suscita outro libertador, Eúde, que, usando de estratagema, mata Eglom, rei dos moabitas e livra Israel da opressão, que permaneceu em paz por oitenta anos.


Otniel e Eúde, dois grandes juízes que, usados por Deus, concederam juntos, cento e vinte anos de paz para Israel.


2 – Abimeleque – Um juiz sem juízo (Jz 9.1-57).


Oposto a Otniel e Eúde, que foram grandes juízes em Israel, Abimeleque, filho de Jerubaal, ou seja, Gideão.

Por iniciativa e astúcia própria, se declara rei. Abimeleque era fruto de um relacionamento ilícito de poligamia de Gideão, que contrariou o plano de Deus para o casamento e a constituição da família (Jz 8.31).

Abimeleque aliciou os cidadãos e Siquém e com a complacência deles, matou todos os seus irmãos, com exceção de Jotão, o mais novo que fugiu. Com perversidade, Abimeleque dominou Israel por três anos. Então, “suscitou Deus um espírito de aversão entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém” (9.3), que conspiraram para matá-lo. Abimeleque descobre a trama e os mata, fato que serviu de vingança pelo que fizeram aos filhos de Gideão. Finalmente, Abimeleque sitiou a cidade de Tebes para destruí-la, mas, uma mulher, do alto da torre, jogou uma pedra sobre a sua cabeça, quebrando-lhe o crânio. Para que não se dissesse que uma mulher o matou, ordenou que seu escudeiro o matasse com um golpe de espada, cumprindo-se assim, a maldição que Jotão lançara sobre ele, por matado seus irmãos (9.50-57).


3 – Tola e Jair – 45 anos sem destaques (Jz 10.1-5).

Depois de Abimeleque, Tola ocupou o seu lugar como libertador de Israel, e houve um período sem registro de qualquer acontecimento expressivo. Depois de vinte e três anos, morreu Tola. Depois dele, levantou Jair, gileadita, que julgou Israel vinte e dois anos.

Nesse período de quarenta e cinco anos em que Tola e Jair julgaram Israel, foi um tempo sem qualquer fato de destaque.


4 – Os descaminhos de um povo sem liderança (Jz 10.6-18).


Israel, na ausência de um líder, se afastava do SENHOR e fazia aquilo que era mau e, por essa razão, o SENHOR os entregava aos seus inimigos, que os oprimiam (Jz 10.13, 14). Quando o pecador impenitente persiste em sua desobediência ao SENHOR, fica à mercê das consequências advindas de seus atos.


5 – Contextualizando o texto bíblico aos nossos dias.


Nos dias atuais, assistimos a um sincretismo generalizado, quando aqueles que se confessam serem crentes, profanam o Culto a Deus, se entregando a práticas estranhas a verdadeira adoração ao SENHOR.

Muitos hoje em dia, são conduzidos por maus líderes que, ao invés de conduzir o povo à verdadeira adoração a Deus e a uma vida de pureza e santidade, aliciam o povo para satisfazer os seus desejos e instintos pessoais.

Assim, como no passado, precisamos hoje, de líderes comprometidos com o SENHOR e com sua Palavra e assim conduza o povo a uma vida de santidade e obediência a Deus.


CONCLUSÃO


Israel, como toda Nação, carecia de líderes e, desde Moisés e Josué, sentiam a falta de líderes que os conduzisse com a firmeza e autoridade daqueles servos do SENHOR.


Quando havia um juiz com capacidade de liderança e abençoado por Deus, o povo alcançava vitórias sobre os inimigos, gozando de paz. Quando lhes faltava líderes capazes, voltavam às práticas costumeiras e assim, “tornaram os filhos de Israel a fazer o que era mau perante o SENHOR e serviram aos baalins, e a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos de Sidom, de Moabe, dos filhos Amom e dos filisteus; deixaram o SENHOR e não o serviram” (Jz 10.6).


Como resultado, o povo era alvo da ira do SENHOR que os entregava aos inimigos e assim, sofriam a opressão, perdendo a paz que gozavam na presença e proteção de Deus.


Que o SENHOR nos abençoe e nos ajude a não nos afastarmos dele em nenhum momento ou circunstâncias e tenhamos a sua paz.

Bibliografia:

[1] Bíblia de Estudo MacArthur. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do Brasil, 2010. 2048 p.

[2] Revista Escola Bíblica Dominical, 1° Trimestre de 1986. Rio de Janeiro, RJ: JUERP.

[3] ANDRADE, José Sélio de. A terra da promessa – conquista e ocupação (Josué, Juízes e Rute). Rio de Janeiro: JUERP: 2008.

[4] ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman. Rio de Janeiro: JUERP, 1994, v. 2. 552p.

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