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“DESENCONTROS FAMILIARES”. (Gênesis 37-38)

Introdução:

Neste estudo, ainda estamos com Jacó em Berseba.

Jacó agora está com 12 filhos. O número 12 não foi por acaso.

O número 12 de 12 patriarcas e 12 de 12 discípulos se tornou o número simbólico do povo de Deus.

Aprendemos com o estudo da numerologia judaica que o número doze, que aparece tantas vezes no apocalipse, é símbolo da compleição. É a partir desse número e seu simbolismo que o apostolo João chegou ao número de cento e quarenta e quatro mil pessoas que foram compradas da terra a preço do sangue de Jesus. João fez uma simples conta de multiplicação. Tomou o número 12 das 12 tribos de Israel e o número 12 dos 12 apóstolos. Doze vezes doze dá 144. Então multiplicou por mil que é o número que simboliza a eternidade. Então temos 144 mil, que é o símbolo do número completo do Israel de Deus para toda a eternidade. É número que representa a população completa dos humanos que habitarão o reino eterno de Deus.


01. Os desencontros na família de Jacó:


Os desencontros familiares que veremos hoje, começam na família de Jacó.

Jacó amava mais a seu filho José, o primeiro que teve com Raquel. Os desencontros acontecem quando pai ou mãe demonstram preferência por um filho.

Os filhos preteridos de Jacó se encheram de ciúmes. Tudo ficou pior quando José, o predileto, sonhou que via seus irmãos e seus pais curvados diante dele prestando reverência.

Quero estimular meu prezado leitor, que já é pai, a ser capaz de valorizar as virtudes daquele filho que se destaca aos seus olhos, sem correr o risco de fazê-lo se sentir melhor que os outros e sem deixar de apreciar as virtudes dos outros, mesmo poucas, a ponto de fazer que se sintam inferiorizados. É realmente muito difícil caminhar em companhia da baixa autoestima.

Deus estava agindo na história da família e foi através desses conflitos que planejou enviar José ao Egito.

Deus havia avisado a Abrão, havia 150 anos, dizendo: “Sabe, com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos”. Gênesis 15:13

Os pastores do rebanho de Israel chegaram até a região de Siquém em busca de pasto. Ficava cerca de 50 km de distância. José havia ficado em casa com o pai, mas seus irmãos todos, menos Judá, estavam no campo com o gado. Como estavam demorando em dar notícias, Jacó enviou José para trazer noticias dos irmãos.

Começa aqui o cumprimento do que Deus havia dito a Abraão.

Os irmãos de José o venderam como escravo para o Egito. Os mercadores que compraram José aparecem nos versículos 25 e 28 com nomes diferentes. Os nomes são: Ismaelitas e midianitas, mas se referem à mesma caravana de mercadores. Tudo indica que a caravana fosse mista.

Os irmãos de José continuaram com sua trama e planejaram mentir para o pai, dizendo que José devia ter sido morto por algum animal selvagem. Para isto, mataram um animal e sujaram com sangue a famosa túnica de várias cores que tomaram de José. Jacó agora teria que sofrer as consequências de não ter sabido amar seus filhos com equidade. Chegou a dizer que chegaria até a sepultura sem ser consolado pela morte de seu filho.

Ele não conseguiu entender que Deus mesmo estava participando do processo e dirigindo o processo. Hoje, dá pra ver a direção de Deus até naquilo que não foi escrito. Por exemplo. Posso ver que Deus fez Jacó sentir saudades dos filhos e mandar José a encontrá-los na hora adequada para que tivesse tempo para chegar lá um pouco antes da caravana de mercadores que o compraria como escravo. Tudo no tempo certo. É claro que não foi coincidência.

A narrativa dá contas de que lá no Egito, José foi vendido pelos mercadores ao capitão da guarda de Faraó, chamado Potifar.

No próximo estudo voltaremos a apreciar o que Deus vai fazer com José lá no Egito. Não custa adiantar que a venda de José para o Egito, não foi uma catástrofe, mas foi necessária dentro do plano de Deus para formar seu povo.


02. Desencontros na família de Judá:

Nesse ponto do estudo é importante interromper nossa companhia com José porque não podemos ignorar todo o proveito que podemos ter em apreciar o comportamento de um dos irmãos de José, chamado Judá. É por isso que Moisés dedicou todo o capítulo 38 para registrar esse comportamento.

Observemos primeiro que Judá se afastou de sua família e isto foi a causa de todo o seu pecado. Não temos o registro do tempo certo do afastamento de Judá, mas parece que foi logo depois que seus irmãos fizeram a matança na cidade de Siquém, pouco depois da chegada de Padã-Arã.

Sabemos que em toda a terra, a sua família era a escolhida de Deus. Era a melhor companhia que poderia ter, mas escolheu se afastar e buscar companhia de pessoas que não conheciam a Deus. Tendo se afastado, se casou com uma cananeia que possuía costumes e uma fé totalmente oposta a todo ensino ministrado por Deus.

Desencontros na família dele estavam mais do que prenunciados. Seu primeiro filho foi homem tão perverso e tão mal que o próprio Deus decidiu matá-lo. Pouco depois o segundo filho, igualmente foi morto pelo próprio Deus por causa de sua maldade, também.

Devo dizer que Deus tem toda a autoridade para matar a quem quiser e quantos quiser sem que com isso seja chamado de homicida ou assassino. Assassino é aquele que tira a vida de uma pessoa sem ser proprietário dela. Mas Deus é o dono de tudo e de todos. Através do Profeta Ezequiel ele deixou mensagem dizendo: “Todas as almas são minhas”. 18:4

O próprio Judá pecou duas vezes. Primeiro por querer se ver livre da viúva de seu filho morto, já que perante a lei, ela tinha direitos na família. Depois pecou de novo ao adulterar com sua nora, mesmo não sabendo que se tratava da sua nora, que se disfarçou. O disfarce foi estratégia para forçar Judá a conceder-lhe seus direitos.

Desse ato de adultério, nasceram gêmeos, e segue a genealogia de Jesus em Mateus 1: 3, que diz: “Judá gerou de Tamar a Perez e Zerá”. Perez gerou a Esrom; Esrom a Arão... e continua mostrando como Deus resgatou Judá a uma posição de extrema honra. É da descendência dele que haveria de nascer Jesus, o “Leão da tribo de Judá”, o Salvador do mundo!


Referências:

• Dr. Antônio Neves de Mesquita

Estudo no livro de Gênesis


• Dr. C.H.Mackintosh

Comentário Bíblico


• Jonh McArthur

Bíblia de Estudos


• Derek Kidner

Comentário bíblico

 
 
 

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