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DEUS AGE CONTRA O PECADO (Gênesis 16-19)

INTRODUÇÃO

 

A aliança de Deus com Abrão foi renovada. O registro dos termos dessa renovação toma todo o capítulo 17.

 

 

01.          Um Deus exigente:

 

Uma das grandes novidades na renovação da aliança está nos versos um e dois: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda segundo a minha vontade e seja íntegro”. Outra tradução, traz: “anda em minha presença e sê perfeito”.

 

Disso aprendemos que não dá pra sermos íntegros o suficiente sem andarmos na presença de Deus vivendo segundo Sua vontade e que essa é a qualidade do povo que Deus quer formar para si.

 

Também ficou claro para Abrão que não bastava conhecer o caráter de Deus, precisava adotá-lo e praticá-lo. E disse Deus: “Da sua parte guarde a minha aliança, tanto você como seus futuros descendentes”. 

 

Para que Abrão confiasse nessa possibilidade, Deus Se revelou a ele, pela primeira vez, como Deus Todo-Poderoso. Isto valia dizer que poder para fazê-lo íntegro não faltava. Também isto significa que Deus não estava disposto a abrir mão dessa exigência para seu povo, como até hoje, integridade é fundamental para um relacionamento com Deus.

 

02.      Destaques da nova aliança:

Nos termos da aliança renovada, alguns destaques são importantes:

 

01. A declaração divina de que as bênçãos dessa aliança não seriam somente para os descendentes de Abrão, mas para todo o mundo;  

02. A declaração de que essa aliança seria perpétua no sentido de eternidade.

03. O nome de Abrão foi mudado para Abraão, que significa “Pai de uma multidão”;

04. Também o nome “Sarai”, que quer dizer minha princesa,  foi mudado para Sara, que quer dizer “princesa”;

05. A aliança recebeu um selo determinado por Deus: A circuncisão.

A intenção de Deus com esse selo, foi apenas dar ao seu povo um elemento material que servisse de ajuda para não se esquecer de cumprir a aliança, cuja essência era “anda em minha presença e sê perfeito”. 

 

03. PROVAS DE FÉ:

 

Na renovação da aliança, Deus fez questão de submeter Abrão e depois Abraão a diversas e difíceis provas de fé e obediência.

Uma delas foi a de declarar que Sara sua mulher, mesmo aos noventa anos haveria de ter um filho sobre quem se cumpriria toda a promessa. É nesse contexto que a Bíblia diz que Abraão creu contra a esperança. O que Deus disse, seria humanamente impossível.

Sara chegou a duvidar e ouviu do anjo a seguinte ponderação: “Haveria alguma coisa impossível pra Deus”? Na próxima primavera voltarei aqui quando você terá um filho. Lembremos que nesse tempo Abraão já estava com cem anos. A dúvida de Sara foi expressa através de um riso.

Abraão ouviu sobre o nascimento do seu filho com Sara, antes de ela ouvir e ele também riu. Parecia ser uma reação automática pra quem tinha a idade que eles tinham. O anjo, então, lhe disse: O menino que vai nascer se chamará Isaque, que quer dizer “riso”.

Observemos que o mesmo anjo Jeová, que é Jesus e que fez aliança com Abraão é o mesmo Jesus que deu a vida por nós na cruz prometendo agora vida eterna no céu, a Canaã celestial. Outra vez temos o desafio da fé. Então a Bíblia diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus” e mais, “Pela graça somos salvos por meio da fé”.  

04.          A DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA

 

Voltemos nossos pensamentos para o lugar onde Abraão morava nesse tempo da aliança. Era uma região de planalto.

O texto diz que quando Jeová e os outros dois anjos saíram da tenda de Abraão, avistaram lá na planície as cidades de Sodoma e Gomorra.

Temos a informação de que essas duas cidades distavam da tenda de Abraão cerca de 35 km. Uma visão mais clara das cidades lá no vale exigia uma caminhada de 06 km, a partir da sua tenda.

Nosso texto informa que quando Jeová e os anjos saíram da tenda de Abraão, este foi caminhando e conversando com eles. Logo, Jeová enviou os dois anjos até Sodoma a fim de libertar o sobrinho de Abraão que morava lá.

 Enquanto isto, Jeová resolveu contar a Abraão seu plano de destruir aquelas cinco cidades da planície de Sidim. Eram elas: Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Belá. Esta última era uma pequena cidade e não foi destruída porque Ló pediu ao anjo para se refugiar lá com sua família. Essa pequena cidade de Belá depois passou a chamar-se Zoar que em hebraico significa “pequena”.

05.        A INTERCESSÃO DE ABRAÃO

 

Abraão, sabendo da terrível catástrofe que Jeová planejava, se pôs a interceder pelo povo daquelas cidades. O foco dessa marcante intercessão de Abraão foi a impecável justiça de Deus. Ele queria saber se, na perfeita justiça de Deus, havia espaço para se destruir o justo por causa do ímpio. Então começou perguntando se Jeová ainda destruiria as cidades se lá houvesse 50 justos. De cinquenta, baixou para 45 e de cinco em cinco até 10 e sempre recebendo a resposta de Jeová de que não destruiria. De fato só escaparam seu sobrinho Ló com a esposa e duas filhas.

Devo deixar claro que a expressão “justos”, nessa intercessão, não indica uma pessoa ajustada com Deus, mas apenas o sentido de não serem pervertidos como o restante da população. Em Sodoma, a ordem dos anjos foi que saíssem depressa e não olhassem para trás, porém, a mulher de Ló olhou para trás e foi convertida numa estátua de sal. É claro que esse olhar para trás não era simples curiosidade, mas sinal de cumplicidade. Fica a lição de que quando Deus diz não, é não mesmo. Finalmente Jeová cumpriu seu plano e enviou fogo com enxofre e destruiu as quatro cidades.   

06.          ORIGEM DO MAR MORTO:

 

Acredita-se que o Mar Morto ocupa o lugar dessas antigas cidades. O fogo de Deus teria sido tão violento que consumiu a terra onde as cidades ficavam abrindo assim uma profunda depressão que foi cheia com as águas do rio Jordão e outras que brotaram de alguma fonte, formando o Mar Salgado.

A arqueologia não conseguiu explicar até hoje, para onde corriam as águas do rio Jordão antes do Mar Morto. As águas extremamente salgadas do Mar Morto devem-se à enorme quantidade de sal que foi escavada com o fogo de Deus que destruiu as cidades. Essa é a conclusão do geologista alemão Leopold Von Buch, citado por Dr. Mesquita.

Essa catástrofe é testemunha silenciosa, porém eloquente, da ação determinada de Deus contra toda sorte de pecado e perversão. Com a vinda de Jesus ficou estabelecido que os pervertidos serão objeto do amor de Deus que não desistirá deles enquanto vivos, mas toda sorte de perversão deles continua sendo objeto da mais radical condenação, como em Sodoma.

Referências:

·       Dr. Antônio Neves de Mesquita - Estudo no livro de Gênesis

·       Dr. C.H.Mackintosh - Comentário Bíblico

·       Jonh McArthur Bíblia de Estudos

·       Derek Kidner : Comentário bíblico

 
 
 

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