O médico foi ao encontro da família do paciente, levando boas notícias. A cirurgia do transplante tinha ido muito bem e o jovem iniciava agora o período de adaptação ao novo órgão. Era grande a esperança de uma nova etapa de vida. O cirurgião estava cansado, mas feliz com o bom resultado.
Dada a boa notícia aos familiares, foi abraçado pelo pai do paciente que, com lágrimas nos olhos, exclamou: -"Graças a Deus!" À sua volta, outras exclamações de "Aleluia!", e “Glória a Deus!", risos e choro de alegria.
O médico saiu da sala pensando na injustiça da falta de reconhecimento. Passara longas e trabalhosas horas no centro cirúrgico, fizera um trabalho excelente e a glória era dada a Deus. Frustrante.
Bem diferente era o sentimento do rei Davi. Era guerreiro hábil desde jovem, quando enfrentava os predadores do seu rebanho de ovelhas. Davi escreveu, no poema do Salmo 144: "Louvado seja o Senhor, minha rocha, ele treina minhas mãos para a guerra e dá a meus dedos habilidade para a batalha." (v.1)
Davi reconhecia que sua habilidade era dada pelo Senhor. Suas mãos e dedos nada fariam sem a intervenção de Deus.
O veterano missionário Edval T. Sodré esclareceu ao simpático e dedicado médico que o atendia: - “Se Deus quiser me levar, não tem médico que me segure."
Em todas as profissões e em todas as tarefas, precisamos ter consciência de que é o Senhor que adestra nossas mãos.
"E se o Senhor não estivesse ao nosso lado? Que todo o Israel diga:
E se o Senhor não estivesse ao nosso lado quando os inimigos nos atacaram?" (Salmo 124.1 e 2)
A certeza de que o Senhor está conosco faz com que sintamos segurança em nosso trabalho. A frustração não nos abate quando o resultado não é o esperado, ou quando não recebemos as honras que julgamos merecer. Humildemente, dizemos como o salmista: “Se o Senhor não estivesse ao nosso lado...”, não teríamos feito o que fizemos. Não teríamos vencido as dificuldades. Não persistiríamos, quando todos pensavam em desistir. Louvado seja o Senhor!
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