Traduzido e adaptado de Proverbs - a Topical study. Eldon Woodcock. Wipf and Stock Publishers. 2001.
A - COMO DIFERENCIAR O ÍMPIO DO RETO
O ímpio e o reto são reconhecidos pelo caminho que escolhem.
O reto escolhe andar nos caminhos da integridade
Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão; não sabem eles em que tropeçam. (4.18-19)
A justiça do íntegro endireita o seu caminho, mas pela sua impiedade cai o perverso. (11.5)
A justiça guarda ao que anda em integridade, mas a malícia subverte ao pecador. (13.6)
A luz dos justos brilha intensamente, mas a lâmpada dos perversos se apagará. (13.9)
O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana. (15.19)
O caminho dos retos é desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma. (16.17)
O justo anda na sua integridade; felizes lhe são os filhos depois dele. (20.7)
Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas reto, o proceder do honesto. (21.8)
Como dente quebrado e pé sem firmeza, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia.
O ímpio escolhe os caminhos do erro
Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelos caminho mau. Evita-o, não passes por ele; desvia-te dele e passa ao largo, pois não dormem se não fizerem o mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém. Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência. (4.14-17)
O rebelde não busca senão o mal; por isso, mensageiro cruel se enviará contra ele. (17.11)
A alma do perverso deseja o mal; nem o seu vizinho recebe dele compaixão. (21.10)
O ímpio e o reto se diferenciam nos seus planos de vida.
O reto elabora planos de justiça
Os pensamentos do justo são retos, mas os conselhos do perverso, engano. (12.5)
O ímpio maquina planos de violência
Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas. Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se apressam a derramar sangue. Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave. Estes se emboscam contra o seu próprio sangue e a sua própria vida espreitam. Tal é a sorte de todo ganancioso; e este espírito de ganância tira a vida de quem o possui. (1.10-19)
O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente. (16.27)
O homem violento alicia o seu companheiro e guia-o por um caminho que não é bom. Quem fecha os olhos imagina o mal, e, quando morde os lábios, o executa. (16.29-30)
A violência dos perversos os arrebata, porque recusam praticar a justiça. (21.7)
Há daqueles que amaldiçoam a seu pai e que não bendizem a sua mãe. Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia. Há daqueles—quão altivos são os seus olhos e levantadas as suas pálpebras! Há daqueles cujos dentes são espadas, e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens. (30.11-14)
O ímpio e o reto se diferenciam na sua prática da justiça.
O reto se preocupa com a prática da justiça
Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o perverso de nada disso quer saber. (29.7)
O ímpio perverte a justiça
O perverso aceita suborno secretamente, para perverter as veredas da justiça. (17.23)
Não é bom ser parcial com o perverso, para torcer o direito contra os justos. (18.5)
A testemunha de Belial escarnece da justiça, e a boca dos perversos devora a iniqüidade. (19.28)
São também estes provérbios dos sábios. Parcialidade no julgar não é bom. O que disser ao perverso: Tu és justo; pelo povo será maldito e detestado pelas nações. Mas os que o repreenderem se acharão bem, e sobre eles virão grandes bênçãos. Como beijo nos lábios, é a resposta com palavras retas. (24.23-26)
Parcialidade não é bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará. (28.21)
O ímpio e o reto se diferenciam na sua atitude para com os semelhantes.
O reto é generoso e se preocupa com os outros
O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel. (12.10)
O justo serve de guia para o seu companheiro, mas o caminho dos perversos os faz errar. (12.26)
O cobiçoso cobiça todo o dia, mas o justo dá e nada retém. (21.26)
O homem perverso mostra dureza no rosto, mas o reto considera o seu caminho. (21.29)
O inferno e o abismo nunca se fartam, e os olhos do homem nunca se satisfazem. (27.20)
O ímpio é orgulhoso e arrogante
Olhar altivo e coração orgulhoso, a lâmpada dos perversos, são pecado. (21.4)
O ímpio e o reto se diferenciam no trato da verdade e da honestidade.
O justo aborrece a palavra de mentira, mas o perverso faz vergonha e se desonra. (13.5)
Vindo a perversidade, vem também o desprezo; e, com a ignomínia, a vergonha. (18.3)
O que maltrata a seu pai ou manda embora a sua mãe filho é que envergonha e desonra. (19.26)
Os sanguinários aborrecem o íntegro, ao passo que, quanto aos retos, procuram tirar-lhes a vida. (29.10)
Para o justo, o iníquo é abominação, e o reto no seu caminho é abominação ao perverso. (29.27)
O reto é ousado e resiste ao ímpio. O ímpio se intimida frente à dificuldade.
Não te ponhas de emboscada, ó perverso, contra a habitação do justo, nem assoles o lugar do seu repouso, porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são derribados pela calamidade. (24.15-16)
Fogem os perversos, sem que ninguém os persiga; mas o justo é intrépido como o leão. (28.1)
Os que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam contra ele. (28.4)
O povo se alegra na prosperidade do reto e na desgraça do ímpio
No bem-estar dos justos exulta a cidade, e, perecendo os perversos, há júbilo. (11.10)
Quando triunfam os justos, há grande festividade; quando, porém, sobem os perversos, os homens se escondem. (28.12)
Quando sobem os perversos, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam. (28.28)
Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira. (29.2)
B – OS RESULTADOS DE SER ÍMPIO OU RETO
O reto encontra a liberdade; o ímpio se depara com problemas.
A justiça dos retos os livrará, mas na sua maldade os pérfidos serão apanhados. (11.6)
O mau, é evidente, não ficará sem castigo, mas a geração dos justos é livre. (11.21)
As riquezas de nada aproveitam no dia da ira, mas a justiça livra da morte (11.4)
Nenhum agravo sobrevirá ao justo, mas os perversos, o mal os apanhará em cheio. (12.21)
O mau mensageiro se precipita no mal, mas o embaixador fiel é medicina (13.17)
Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe deles. (22.5)
O que semeia a injustiça segará males; e a vara da sua indignação falhará. (22.8)
Não tenhas inveja dos homens malignos, nem queiras estar com eles, porque o seu coração maquina violência, e os seus lábios falam para o mal (24.1-2)
O reto encontra segurança; o ímpio a queda.
O homem de Belial, o homem vil, é o que anda com a perversidade na boca, acena com os olhos, arranha com os pés e faz sinais com os dedos. No seu coração há perversidade; todo o tempo maquina o mal; anda semeando contendas. Pelo que a sua destruição virá repentinamente; subitamente, será quebrantado, sem que haja cura. (6.12-15)
Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. (10.9)
Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem perpétuo fundamento. (10.25)
O justo jamais será abalado, mas os perversos não habitarão a terra. (10.30)
O homem não se estabelece pela perversidade, mas a raiz dos justos não será removida. (12.3)
Os perversos serão derribados e já não são, mas a casa dos justos permanecerá. (12.7)
A casa dos perversos será destruída, mas a tenda dos retos florescerá. (14.11)
Pela sua malícia é derribado o perverso, mas o justo, ainda morrendo, tem esperança. (14.32)
O que anda em integridade será salvo, mas o perverso em seus caminhos cairá logo. (28.18)
O reto desfruta da vida; o ímpio encontrará morte e punição.
Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe (10.1)
A obra do justo conduz à vida, e o rendimento do perverso, ao pecado. (10.16)
Tão certo como a justiça conduz para a vida, assim o que segue o mal, para a sua morte o faz. (11.19)
Na vereda da justiça, está a vida, e no caminho da sua carreira não há morte (12.28)
Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte. (16.25)
O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra. (21.21)
Não te aflijas por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos perversos, porque o maligno não terá bom futuro, e a lâmpada dos perversos se apagará. (24.19-20)
Como leão que ruge e urso que ataca, assim é o perverso que domina sobre um povo pobre. O príncipe falto de inteligência multiplica as opressões, mas o que aborrece a avareza viverá muitos anos. (28.15-16)
O que rouba a seu pai ou a sua mãe e diz: Não é pecado, companheiro é do destruidor. (28.24)
Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos. (30.17)
O reto alcança o que deseja; o ímpio o que receia.
Aquilo que teme o perverso, isso lhe sobrevém, mas o anelo dos justos Deus o cumpre. (10.24)
O desejo dos justos tende somente para o bem, mas a expectação dos perversos redunda em ira (11.23)
O reto é abençoado e recompensado; o ímpio é punido.
Sobre a cabeça do justo há bênçãos, mas na boca dos perversos mora a violência. A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão. (10.6-7)
O perverso recebe um salário ilusório, mas o que semeia justiça terá recompensa verdadeira. (11.18)
Se o justo é punido na terra, quanto mais o perverso e o pecador! (11.31)
O infiel de coração dos seus próprios caminhos se farta, como do seu próprio proceder, o homem de bem. (14.14)
O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não passará sem castigo (28.20)
O reto prospera; o ímpio falha e cai.
Quem confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem. (11.28)
O perverso quer viver do que caçam os maus, mas a raiz dos justos produz o seu fruto. (12.12)
A desventura persegue os pecadores, mas os justos serão galardoados com o bem.
O homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para o justo. (13.21-22)
O justo tem o bastante para satisfazer o seu apetite, mas o estômago dos perversos passa fome. (13.25)
Na casa do justo há grande tesouro, mas na renda dos perversos há perturbação. (15.6)
O que desvia os retos para o mau caminho, ele mesmo cairá na cova que fez, mas os íntegros herdarão o bem. (28.10)
O reto experimenta alegria; o ímpio encontra decepção, terror e futilidade
A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá. (10.28)
Há fraude no coração dos que maquinam mal, mas alegria têm os que aconselham a paz. (12.20)
Praticar a justiça é alegria para o justo, mas espanto, para os que praticam a iniqüidade. (21.15)
Na transgressão do homem mau, há laço, mas o justo canta e se regozija. (29.6)
O ímpio se torna vítima de seus ardis
Quanto ao perverso, as suas iniqüidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido. Ele morrerá pela falta de disciplina, e, pela sua muita loucura, perdido, cambaleia. (5.22-23)
Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará sobre quem a revolve. (26.27)
O ímpio é atormentado pela sua culpa
O homem carregado do sangue de outrem fugirá até à cova; ninguém o detenha. (28.17)
O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as maldições e nada denuncia. (29.24)
Ao fim, o reto se beneficia às custas do ímpio.
Os maus inclinam-se perante a face dos bons, e os perversos, junto às portas do justo. (14.19)
Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas reto, o proceder do honesto. (21.18)
Quando os perversos se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a ruína deles. (29.16)
É a retidão que estabelece e exalta a nação; a impiedade é detestada e produz desgraça.
A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos. (14.34)
A prática da impiedade é abominável para os reis, porque com justiça se estabelece o trono. (16.12)
Amor e fidelidade preservam o rei, e com benignidade sustém ele o seu trono. (20.28)
Tira da prata a escória, e sairá vaso para o ourives; tira o perverso da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça (25.4-5)
O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna (29.4)
O rei que julga os pobres com eqüidade firmará o seu trono para sempre. (29.14)
CONCLUSÃO: AO FINAL SEMPRE ACHAREMOS O QUE PROCURAMOS
Quem procura o bem alcança favor, mas ao que corre atrás do mal, este lhe sobrevirá. (11.27)
Acaso, não erram os que maquinam o mal? Mas amor e fidelidade haverá para os que planejam o bem. (14.22)
Quanto àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal da sua casa. (17.13)
(Traduzido e adaptado de Proverbs - a Topical study. Eldon Woodcock. Wipf and Stock Publishers. 2001.)
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