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PROVÉRBIOS ENSINA A RESPEITO DO TOLO

Traduzido e adaptado de Proverbs - a Topical study. Eldon Woodcock. Wipf and Stock Publishers. 2001.



Quem é o tolo ?


Provérbios é um insistente convite para a busca da sabedoria (1.1-6). O oposto de ser sábio é ser insensato, ou tolo ou louco. No original hebraico três significados distintos são usados para designar os faltos de sabedoria. Estes diferentes significados são em certo sentido intercambiáveis entre si, e as traduções nem sempre seguem fielmente o sentido original.


Simples – É a pessoa facilmente desviada e enganada. É mentalmente ingênua e boba. Irresponsável e teimoso em termos morais. (14.5; 1.32; 22.3; 7.7 e sgs.; 9,4; 8.5; 9.6)


Insensato ou tolo. Refere-se àquele que é estúpido e obstinado. Tem dificuldade de tomar decisões acertadas. Estulto. Imbecil. Inepto. (17.24; 17.16; 15.14; 15.2; 26.11; 1.29; 14.7; 12.23; 17.28; 24.7)


Escarnecedor. É aquele que não somente opta pelo caminho errado, mas também procura desprezar os que desejam acertar, fazendo uso de atitudes de escárnio, desdém e zombaria. É avesso a qualquer correção e desfaz tudo que seja bom. (21.24; 1.22; 19.28; 14.9; 19.28; 22.10; 19.25)


Características do tolo


O tolo não é reto. Odeia o que é santo, justo e bom e ama o errado.


O desejo que se cumpre agrada a alma, mas apartar-se do mal é abominável para os insensatos. (13.19)


Para o insensato, praticar a maldade é divertimento; para o homem inteligente, o ser sábio. (10.23)


Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa vontade. (14.9)


O tolo não é sábio


Ele não possui sabedoria

Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos (10.21)


Grita na rua a Sabedoria, nas praças, levanta a voz; do alto dos muros clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras: Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição. Mas o que me der ouvidos habitará seguro, tranqüilo e sem temor do mal. (1.20-33)



Ele não é capaz de obter sabedoria


De que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento? (17.16)


O escarnecedor procura a sabedoria e não a encontra, mas para o prudente o conhecimento é fácil. (14.6)


A sabedoria é alta demais para o insensato; no juízo, a sua boca não terá palavra. (24.7)


Ele não tem o desejo de buscar sabedoria


O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino. (1.7)


Até quando, ó néscios, amareis a necessidade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento? (1.22)


O coração sábio procura o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia. (15.14)


O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar o seu interior. (18.2)


Não fales aos ouvidos do insensato, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras. (23.9)


O tolo não consegue perceber a realidade


Ele é irrealista a respeito de si mesmo


Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; procede com indignação e arrogância. (21.24)


Ele é irrealista a respeito da vida


De que serviria o dinheiro na mão do insensato para comprar a sabedoria, visto que não tem entendimento? (17.16)


Ele não está preocupado com a realidade que o cerca


A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas extremidades da terra. (17.24)


O tolo é indisciplinado


Ele é indisciplinado com relação ao dinheiro e recursos materiais


Não há sabedoria, nem inteligência, nem mesmo conselho contra o SENHOR (21.30)


Ele é indisciplinado com relação ao seu temperamento


A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente oculta a afronta. (12.16)


O insensato expande toda a sua ira, mas o sábio afinal lha reprime. (29.11)


Ele é indisciplinado em relação à sua boca


O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia. (12.23)


Os sábios entesouram o conhecimento, mas a boca do néscio é uma ruína iminente. (10.14)


A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a estultícia. (15.2)


O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar o seu interior. (18.2)


A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma. (18.7)


O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o insensato de lábios vem a arruinar-se. (10.8)


O que acena com os olhos traz desgosto, e o insensato de lábios vem a arruinar-se. (10.10)


O tolo não é confiável


Não se pode confiar nele para o trabalho


Os pés corta e o dano sofre quem manda mensagens por intermédio do insensato. (26.6)


Como um flecheiro que a todos fere, assim é o que assalaria os insensatos e os transgressores. (26.10)


Não se pode confiar na sua palavra


O que retém o ódio é de lábios falsos, e o que difama é insensato. (10.18)


A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora. (14.8)


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. (19.1)


A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a estultícia. (15.2)


A língua dos sábios derrama o conhecimento, mas o coração dos insensatos não procede assim. (15.7)


O coração sábio procura o conhecimento, mas a boca dos insensatos se apascenta de estultícia. (15.14)


O tolo não aceita ser ensinado.


O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino. (1.7)


Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. (1.29-31)


Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição. (1.32)


O insensato despreza a instrução de seu pai, mas o que atende à repreensão consegue a prudência (15.5)


O escarnecedor não ama àquele que o repreende, nem se chegará para os sábios (15.12)


Mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato. (17.10)


Ainda que pises o insensato com mão de gral entre grãos pilados de cevada, não se vai dele a sua estultícia. (27.22)


Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o insensato que reitera a sua estultícia. (26.11)


O homem prudente oculta o conhecimento, mas o coração dos insensatos proclama a estultícia. (12.23)


O insensato não tem prazer no entendimento, senão em externar o seu interior. (18.2)




O tolo é desagradável e indesejado


O filho sábio alegra a seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe. (15.20)


Provérbios de Salomão. O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe. (10.1)


O filho estulto é tristeza para o pai, e o pai do insensato não se alegra. (17.21)


O filho insensato é tristeza para o pai e amargura para quem o deu à luz. (17.25)


Os sábios entesouram o conhecimento, mas a boca do néscio é uma ruína iminente. (10.14)


Melhor é encontrar-se uma ursa roubada dos filhos do que o insensato na sua estultícia. (17.12)


Foge da presença do homem insensato, porque nele não divisarás lábios de conhecimento. (14.7)


Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato se mete em rixas. (20.3)


Os lábios do insensato entram na contenda, e por açoites brada a sua boca. (18.6)


Lança fora o escarnecedor, e com ele se irá a contenda; cessarão as demandas e a ignomínia (22.10)


Os homens escarnecedores alvoroçam a Cidade, mas os sábios desviam a ira. (29.8)


Os desígnios do insensato são pecado, e o escarnecedor é abominável aos homens. (24.9)



As causas da tolice


Recusa da sabedoria.


Grita na rua a Sabedoria, nas praças, levanta a voz; do alto dos muros clama, à entrada das portas e nas cidades profere as suas palavras: Até quando, ó néscios, amareis a necedade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão (1.20-25)


Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. (1.29)


Ódio à sabedoria.


Para o insensato, praticar a maldade é divertimento; para o homem inteligente, o ser sábio. (10.23)


O desejo que se cumpre agrada a alma, mas apartar-se do mal é abominável para os insensatos. (13.19)


Para o justo, o iníquo é abominação, e o reto no seu caminho é abominação ao perverso. (29.27)


Autoconfiança.


O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos. (12.15)


O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo. (28.26)


Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; procede com indignação e arrogância. (21.24)


O sábio é cauteloso e desvia-se do mal, mas o insensato encoleriza-se e dá-se por seguro. (14.16)


Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal; (3.5-7)


Complacência


Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição. (1.32)


Como tratar com o tolo


Evitá-lo, sempre que possível.


Lança fora o escarnecedor, e com ele se irá a contenda; cessarão as demandas e a ignomínia (22.10)


Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada. (Tito 3.10-11)


Não perder tempo tentando instruí-lo ou corrigi-lo.


Não fales aos ouvidos do insensato, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras (23.9)


O que repreende o escarnecedor traz afronta sobre si; e o que censura o perverso a si mesmo se injuria. Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amará. (9.7-8)


Se o homem sábio discute com o insensato, quer este se encolerize, quer se ria, não haverá fim. (29.9)


Não deixar que ele nos degrade, levando-nos ao seu nível.

Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia, para que não te faças semelhante a ele. (26.4)


Não devemos dignificá-lo, prestigiando-o.

Ao insensato responde segundo a sua estultícia, para que não seja ele sábio aos seus próprios olhos. 26.1)


Não devemos fazer a vida fácil para ele.


A boa inteligência consegue favor, mas o caminho dos pérfidos é intransitável (13.15)


Está na boca do insensato a vara para a sua própria soberba, mas os lábios do prudente o preservarão. (14.3)


Os lábios do insensato entram na contenda, e por açoites brada a sua boca. A boca do insensato é a sua própria destruição, e os seus lábios, um laço para a sua alma. (18.6-7)


Ao insensato não convém a vida regalada, quanto menos ao escravo dominar os príncipes! (19.10)


O tolo deve ser rigorosamente disciplinado.


O açoite é para o cavalo, o freio, para o jumento, e a vara, para as costas dos insensatos. (26.3)


Quando ferires ao escarnecedor, o simples aprenderá a prudência; repreende ao sábio, e crescerá em conhecimento. (19.25)


Quando o escarnecedor é castigado, o simples se torna sábio; e, quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento. (21.11)



A esperança para os tolos: aceitar o convite para reconsiderar os seus caminhos


Até quando, ó néscios, amareis a necessidade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu espírito e vos farei saber as minhas palavras. Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; (1.22-24)



Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que misturei.Deixai os insensatos e vivei; andai pelo caminho do entendimento (9.5-6)


Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos. (I Cor. 3.18-20)


Fonte:

The way of the wize: studies in the book of Proverbs, de Robert Deffinbaugh. Community Bible Chapel. Disponível em www.bible.org.

Provérbios Introdução e Comentário.

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