VALOR ETERNO
- Pr. Ivo Augusto Seitz
- 16 de jun.
- 2 min de leitura
“Então Pedro disse a Ananias: - Por que você deixou Satanás dominar o seu coração? Por que mentiu para o Espírito Santo?” Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou firmemente para o céu e viu a glória de Deus. E viu também Jesus em pé, ao lado direito de Deus.” (Atos 5.3 e 7.55-56)
Contar a vida da igreja nos seus primeiros anos exige dependência do Espírito e toda a concentração do experiente Lucas. Coube a ele documentar as expectativas, alegrias e derrotas de personalidades fortes como Pedro, Saulo de Tarso, Barnabé, Tiago, João, Apolo, Priscila e Áquila – e situações que vão de perseguições e mortes até os milagres e a presença da glória de Deus. Tarefa que Lucas cumpre com imparcialidade e competência.
É por isso que ele consegue, em poucos parágrafos, contrastar o apego ao dinheiro de Ananias e Safira, com o desprendimento de Estêvão, nas páginas de Atos 5 a 7. Ananias e Safira morrem, e morre Estêvão, mas o autor mostra que são mortes diferentes.
Lucas esclarece que a igreja ajudava famílias que tinham perdido os seus bens: “Todos repartiam uns com os outros tudo o que tinham” (AT 4.32).
Chama sua atenção o gesto do levita José, que vende um terreno e entrega o dinheiro aos apóstolos. O que leva José a ser chamado de Barnabé, “Aquele que dá ânimo” (Atos 4.36-37).
Em seguida surge Ananias, que também vende um terreno, mas trama com a esposa Safira reter parte do dinheiro. Pedro o repreende, não pelo valor da doação, que é voluntária, mas pela tentativa de enganar a comunidade. Sendo dias de santidade, alicerce da vida da igreja e exemplo para todos, o casal morre. (Atos 5)
Logo ouvimos a história de Estêvão, “muito abençoado por Deus e cheio de poder” que é acusado injustamente de blasfêmia e condenado à morte.
Lucas conta toda a mensagem de Estêvão, no Espírito, coragem que lhe custa a vida, sendo morto por apedrejamento (Atos 7).
Enquanto o casal morre tristemente em consequência do pecado, Estêvão morre louvando a Deus, contemplando a glória do céu, com Jesus em pé.
Vidas diferentes. Mortes diferentes. Uma questão de valores. E nós?
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