Texto: Salmo 150 -Texto Áureo: Salmo 143:10
O Ministério da Oração em sua Vida é o título deste estudo. Melhor dizendo, o ministério da oração na vida de cada crente.
Antes de desenvolvermos o assunto, talvez seja necessário refletirmos um pouco a respeito da palavra ministério e sua aplicação neste assunto.
Por definição, ministério significa encargo, trabalho e, na Bíblia, a palavra assume este mesmo sentido. Sendo assim, falar em ministério da oração é o mesmo que falar em trabalho de oração.
Neste caso, a oração passa a ser parte integrante da nossa vida, praticada diariamente, com regularidade e não apenas de forma circunstancial, ocasional.
Uma vez entendendo e assumindo a oração como um ministério, algumas questões se impõem. Respondê-las torna-se necessário porque, dependendo das respostas que estivermos apresentando, ou que viermos a dar, a execução deste ministério em nossa vida se dará com maior ou menor eficiência.
Talvez a primeira questão a responder seja: Qual o seu lugar? Prioritário ou secundário?
Se tomarmos como base as oportunidades e os espaços disponíveis em nossa agenda, talvez a reposta a esta pergunta seja: secundário. Mesmo levando em consideração que somos nós mesmos que organizamos a nossa agenda; ao menos parte dela.
Se tomarmos por base a Bíblia, não haverá dúvida quanto ao lugar que a oração deve ocupar em nossa vida: prioritário. O exame de textos bíblicos, bem como as reflexões que temos feito numa breve série de estudos como esta, são suficientes para nos revelar o lugar de prioridade e o caráter indispensável da oração na vida cristã.
O crente que muito ora, muito experimenta da comunhão com Deus, muito cresce espiritualmente, muito realiza no reino de Deus, muitas vitórias espirituais conquista.
De igual modo, o crente que pouco ora, pouco cresce espiritualmente, pouco desfruta da comunhão com Deus, pouco realiza.
E assim, compreendendo o valor e a importância da oração, o seu lugar prioritário deverá ser estabelecido. Considerando ainda que tempo é questão de prioridade, saberemos como inclui-la em nossa agenda com a prioridade que lhe cabe.
Se esperarmos pelo tempo que resta para nos dedicarmos à oração, logo descobriremos que não haverá tempo. Por isso, as coisas prioritárias não ficam à espera de um tempo que reste. Por serem mais importantes, elas ocupam o primeiro lugar.Voltamos a dizer: se é ministério, então é trabalho, encargo e tem caráter permanente, e não circunstancial.
Outro ponto, que não devemos esquecer, é que o adversário de nossas almas, o diabo, está sempre pronto a criar embaraços e dificuldades aos nossos momentos de oração. Ele conhece a Palavra de Deus e sabe que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16). Através da oração, os crentes movem os céus e desarmam as estratégias do inferno.
Então, façamos da oração um ministério em nossa vida.
Tomando-a como ministério, lembremos que podemos realizar este encargo de forma individual e coletiva, quando nos unimos a outros irmãos que também assumiram este mesmo abençoado ministério. Na Igreja, nos lares, no recolhimento do nosso quarto, no nosso local de trabalho; sozinhos e reunidos com outros: oremos.
Outra razão para nos engajarmos no ministério da oração, é o fato de que existem motivos permanentes e contínuos para apresentarmos a Deus, independentemente das necessidades circunstanciais, nossas e alheias, que são variáveis.
A Bíblia apresenta esses motivos, especialmente no livro dos Salmos.
O primeiro motivo é o louvor. São muitos os salmos que nos falam a esse respeito, e de modo imperativo: louvai ao Senhor. Apenas para exemplificar, citamos os salmos 106, 113, 117, 146, 147, 150, entre outros.
Frequentemente, pensamos no louvor apenas através de cânticos, o que deve ser feito e a Bíblia também recomenda. Contudo, cantar é uma das formas de expressão do louvor. A oração é outra.
Acompanhando o louvor, encontramos a expressão de gratidão, que é outro motivo contínuo para oração e que os salmistas muito exercitavam.
Esses dois motivos, por si só, já possuem suficiente importância para que a oração seja tomada como um ministério.
A eles, juntam-se as necessidades humanas que, embora variáveis, estão sempre presentes em nossa vida, afligindo o nosso coração. É assim que depois de nos exortar a louvar ao Senhor, o salmista diz no Salmo 147: “O Senhor edifica Jerusalém, congrega os dispersos de Israel; sara os quebrantados de coração e cura-lhes as feridas” (v.3).
Dessa forma, o Senhor mesmo nos oferece a oração como meio de chegarmos â sua presença.
A tudo isso, soma-se um sério e importante motivo, do qual todos nós somos participantes: a necessidade de vivermos dentro da vontade de Deus, honrando o seu nome e trilhando com segurança os seus caminhos.
Para tanto, precisamos fazer permanentemente a oração que Davi fez no Salmo 143:10: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito, em terreno plano”. Em nome de Jesus. Amém.