1Tm 2.1-8
Este é o terceiro estudo sobre oração que faremos no Novo Testamento. Neste estaremos focados na vida do apóstolo Paulo.
A vida cristã de Paulo começa com uma experiência de oração narrada em At 9.4-9. Foi uma visão na qual conversou com Jesus e a Ele obedeceu. Foi o momento de sua conversão. O momento em que iniciou o estar em Jesus. Rm 8.1. Ali começou o ser uma nova criatura. 2Co 5.17. Jesus começou a viver em Paulo. Gl 2.20. A partir deste momento Paulo que já orava se torna um homem de oração e pela oração. Assim é que numa visão, em oração, Ananias é informado pelo Senhor sobre o novo crente Paulo que naquele momento também estava em oração e precisava de sua ajuda e presença. At 9.10-16. Ananias ainda argumentou com o Senhor sobre o perigo que correria se fosse estar com Paulo, mas obedece e vai visitá-lo. A sequência de orações continua em At 9.17-18 onde Ananias ora por Paulo impondo-lhe as mãos. Nestes fatos aprendemos que a oração é a peça chave que uniu Paulo ao Senhor. Se queremos nos unir ao Senhor precisamos dar tempo e espaço à oração.
Em At 13.1-3 o texto nos fala que agora o cenário é a Igreja de Antioquia. Os profetas e mestres estão servindo, orando e jejuando. Um ambiente espiritual no qual o Espírito Santo indica Barnabé e Paulo para a obra do Senhor. A Igreja de Antioquia jejuando e orando, impôs as mãos sobre os apóstolos e os enviou para evangelizar. Assim começa a primeira viagem missionária. Com esta experiência da qual Paulo participa aprendemos que a obra missionária, a evangelização depende da oração.
Temos em At 16.25 um novo cenário. Na prisão da cidade de Filipos Paulo e Silas estavam presos. Eles oravam e cantavam quase à meia noite. Sabemos que essas orações moveram os céus e a terra com um grande terremoto que soltou todos os presos. Alem disto o carcereiro e toda a sua família se converteram. Que maravilhas o Senhor fez ao atender as orações e louvores de Paulo e Silas embora estivessem em situação desesperadora. Mais um ensinamento de Paulo e Silas. Mesmo nas situações mais desesperadoras podemos buscar a ajuda do Senhor e ele nos ouve e responde. “Mais em todas essas coisas somos mais do que vencedores”. Rm 8.37.
Paulo nos mostra que tinha o Costume de orar de joelhos com os irmãos como vemos em At.20.36. “Tendo dito isto, pôs-se de joelhos e orou com todos eles”. Também agiu da mesma forma em mais um novo ambiente. Agora na praia fora da cidade de Tiro conforme relata At 21.5b.”Acompanharam-nos todos os discípulos com suas mulheres e filhos até fora da cidade e na praia nos ajoelhamos e oramos”.
Outro ensinamento obtemos de Paulo ao observarmos como inicia e fecha suas epístolas. Observamos que suas saudações iniciais e finais são semelhantes no conteúdo. Mais que isso, são orações sinceras e abençoadoras aos seus leitores com a graça e a paz de Deus e do Senhor Jesus Cristo. Aqui transcrevemos Rm 1.7 como exemplo: “A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. Observamos que nas nossas reuniões com o objetivo de adoração e louvor, o costume antigo de saudarmos a congregação com a graça e a paz do Senhor Jesus foi trocada pela saudação do bom dia adaptada ao horário da reunião. Não é este o ensino de Paulo em suas cartas. Cremos que perdemos qualidade espiritual com o esse novo costume. Sugerimos voltarmos ao antigo.
Paulo também contribui muito para o nosso crescimento espiritual nos ensinando sobre o papel do Espírito Santo ao oramos. Em Rm 8.26-28 temos “O Espírito nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém; mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”. Também em Ef 6.17-18a temos a recomendação paulina “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda a oração e súplica, em todo o tempo no Espírito”. Estes ensinos também encontramos em Jd 20. Com isto, Paulo nos ensina sobre o uso do recurso que o Senhor Deus colocou ao nosso dispor para o crescimento espiritual que são a Espada do Espírito e a Oração no Espírito.
Lembramos que orar e adorar são ações espirituais que não se pode separar; uma não existe sem a outra. Isto nos leva a Jo 4.24. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. Sabemos que orar é buscar a Deus. São essas premissas que fazem o apóstolo Paulo afirmar em suas cartas, com toda a propriedade, a necessidade de orarmos no Espírito. Que consolação sabermos que nossas orações são apresentadas a Deus com a qualidade assegurada pela assistência do Espírito Santo.
Além do Espírito Santo o Senhor Jesus à direita de Deus ora por nós. Rm 8.34.
Em um versículo curto em 2Ts 5.17 o apóstolo Paulo nos ensina que devemos orar sem cessar. Aqui, neste estudo, depois de termos considerado os vários momentos, ensinos e experiências de oração de Paulo, podemos afirmar que ele tem toda a autoridade para nos convidar a orar sem cessar, Isto é, para vivermos em oração. Isto se refere à vida íntima do crente com o Senhor Jesus. Temos muitíssimos motivos para orar sem cessar. Só com a contínua oração nós garantimos o sucesso da nossa vida com Cristo. Ocorrendo a negligência na oração certamente nos esfriaremos e nos distanciaremos do Senhor Jesus.
Encerramos este estudo orando e adorando ao Senhor Deus, em nome do Senhor Jesus, conscientes da assistência do Santo Espírito, para obedecermos a santa Palavra de Deus que em nós foi enxertada. Tg 1.21.